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Onda de atentados deixa pelo menos 49 mortos no Iraque

Atentados são registrados seis dias depois de uma outra onda de ataques que causou a morte de 70 pessoas na capital e periferia


	Carro-bomba explode em Bagdá: atentado mais violento, que matou pelo menos 33 pessoas, foi provocado pelas explosões de oito carros-bomba
 (Sabah Arar/AFP)

Carro-bomba explode em Bagdá: atentado mais violento, que matou pelo menos 33 pessoas, foi provocado pelas explosões de oito carros-bomba (Sabah Arar/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2013 às 22h22.

Bagdá - Ao menos 49 pessoas morreram nesta terça-feira em uma série de atentados, em grande parte com carros-bomba, em bairros de maioria xiita de Bagdá, informaram os serviços de segurança e fontes médicas.

Esses atentados são registrados seis dias depois de uma outra onda de ataques que causou a morte de 70 pessoas na capital e periferia.

O atentado mais violento, que matou pelo menos 33 pessoas, foi provocado pelas explosões de oito carros-bomba com poucos minutos de intervalo, por volta das seis horas da tarde (12h00 de Brasília).

Nenhuma organização reivindicou até o momento os atentados, que também deixaram mais de 80 feridos, embora a maioria xiita seja alvo de ataques de grupos sunitas ligados à Al-Qaeda.

Outras nove pessoas foram mortas durante o dia, entre elas um membro das milícias sunitas Sahwa, que combatem a Al-Qaeda, assassinado junto com sua esposa e com seus três filhos em sua casa no sul de Bagdá, indicaram uma fonte médica e outra das forças de segurança.

Mais de 3.800 pessoas morreram no Iraque em 2013, segundo um registro estabelecido pela AFP.

Os recentes episódios de violência aumentam o temor de que o Iraque volte a mergulhar em um conflito religioso como o que deixou dezenas de milhares de mortos entre 2006 e 2007.

Segundo especialistas, os atentados tem como objetivo impedir a estabilização do país, dez anos depois da invasão americana que derrubou Saddam Hussein.

A espiral de violência coincide com um crescente descontentamento da minoria sunita (à qual pertencia Saddam), que acusa o governo de inúmeras detenções arbitrárias.

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