Mundo

Surto de ebola pode ter 10 mil casos por semana

O aumento deve acontecer dentro de dois meses, segundo a organização


	Médicos vestem roupas de proteção contra o ebola: a taxa de mortalidade da doença aumentou para 70%, ante estimativa anterior de 50%
 (Dominique Faget/AFP)

Médicos vestem roupas de proteção contra o ebola: a taxa de mortalidade da doença aumentou para 70%, ante estimativa anterior de 50% (Dominique Faget/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2014 às 11h44.

Gênova - A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta terça-feira que a epidemia de ebola pode evoluir para um número de dez mil novos casos por semana, dentro de um espectro de dois meses. O diretor-geral assistente da entidade, Bruce Aylward, também disse que a taxa de mortalidade da doença aumentou para 70%, ante estimativa anterior de 50%.

Aylward caracterizou o ebola como uma "doença de alta mortalidade" em qualquer circunstância e disse que a agência de saúde da Organização das Nações Unidas (ONU) ainda está focada em tentar isolar as pessoas contaminadas e prover tratamento aos doentes o mais cedo possível.

"Seria horrivelmente antiético dizer que estamos apenas isolando pessoas", afirmou Aylward, acrescentando que novas estratégias como dar equipamentos de proteção a familiares e montar clínicas simples são prioridade.

O representante da OMS disse ainda que se a resposta à crise do ebola não se intensificar em 60 dias, "muito mais pessoas irão morrer" e haverá a necessidade de lidar com um número crescente de novos casos.

A OMS aumentou sua contagem de mortos na epidemia do ebola para um total de 4.447, sendo quase todos no oeste da África. A entidade divulgou também que o número de casos prováveis ou suspeitos da doença aumentou para 8.914.

Serra Leoa, Guiné e Libéria são os países mais atingidos pela crise e Aylward disse que a OMS está muito preocupada com a propagação da doença em suas capitais. O representante afirmou também que a organização tem observado uma queda no número de casos de certas regiões, mas que "isso não significa que eles chegarão a zero". Fonte: Associated Press.

Acompanhe tudo sobre:DoençasEbolaEpidemiasOMS (Organização Mundial da Saúde)Saúde

Mais de Mundo

Presidente do México diz que “não haverá guerra tarifária” com EUA por causa de Trump

Austrália proíbe acesso de menores de 16 anos às redes sociais

Putin ameaça usar míssil balístico de capacidade nuclear para bombardear Ucrânia

Governo espanhol avisa que aplicará mandado de prisão se Netanyahu visitar o país