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OMS recomenda proibir cigarros eletrônicos em local fechado

A OMS recomendou a proibição do uso de cigarros eletrônicos em espaços fechados para prevenir a contaminação de fumantes passivos


	Cigarro eletrônico: mercado de cigarros eletrônicos movimentou US$ 3 bilhões em 2013
 (AFP)

Cigarro eletrônico: mercado de cigarros eletrônicos movimentou US$ 3 bilhões em 2013 (AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2014 às 12h44.

Genebra - A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou nesta terça-feira a proibição do uso de cigarros eletrônicos em espaços fechados para prevenir a contaminação de fumantes passivos e sua venda a menores de idade.

A agência sanitária da Organização das Nações Unidas (ONU) fez esta recomendação em um documento publicado nesta terça-feira e preparado para ser avaliado pelos Estados-membros do Convênio Marco da OMS para o Controle do Tabaco (FTCT) na próxima reunião, em Moscou, de 13 a 18 de outubro.

O documento é uma compilação da insuficiente, inconsistente e pouco conclusiva informação que se tem dos Sistemas Eletrônicos de Administração de Nicotina, os mais comuns dos quais são os cigarros eletrônicos, e de seus eventuais prejudiciais efeitos à saúde.

Analisados todos os aspectos, a única conclusão clara dos especialistas da OMS é que "falta mais informação" e, com objeto de prevenir efeitos não desejados no futuro, optam pela precaução. Por isso, sugerem que seja proibido o uso dos cigarros eletrônicos em espaços fechados e onde já seja proibido fumar.

O principal problema que gera dúvida nos especialistas é que enquanto alguns consideram que os cigarros eletrônicos podem ajudar a parar de fumar outros acreditam que podem arruinar com os esforços para acabar com esse hábito.

"A maior parte dos produtos para os Sistemas Eletrônicos de Administração de Nicotina não se submeteu a testes científicos independentes, mas as poucas provas realizadas revelaram amplas variações no caráter da toxicidade dos conteúdos e as emissões", assinala o documento.

A OMS lembra que a maioria contém nicotina, o principal elemento do tabaco, mas a quantidade dela varia enormemente. Além disso, destaca "a potencial toxicidade" do aerossol inalado, e que pode causar irritações dos olhos e dos pulmões, "dado que não é simples vapor de água, como se promove".

"É desconhecido se a maior exposição às substâncias tóxicas e partículas no aerossol exalado dará lugar a um maior risco de doença e falecimento entre as pessoas do entorno, como ocorre no caso da exposição à fumaça de tabaco".

As vendas de cigarros eletrônicos, estimativas com as quais a OMS conta, mostram que se trata de um mercado que em 2013 gerou US$ 3 bilhões, um número que deve se multiplicar por 17 até 2030.

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