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AFP
Publicado em 1 de agosto de 2020 às 16h28.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou, neste sábado (1), que a pandemia do novo coronavírus será provavelmente "muito longa", seis meses depois de declarar a emergência internacional.
O comitê de emergência da OMS, que se reúne pela quarta vez desde a sexta-feira, "destacou que espera que a duração da pandemia de COVID-19 será certamente muito longa", informou a organização em um comunicado.
A OMS também alertou para "o perigo de que se afrouxe a resposta em um contexto de pressões socioeconômicas".
"O comitê de emergência continua avaliando como muito elevado o nível de perigo global [provocado] pela COVID-19", informou a entidade no comunicado.
"O comitê destacou que espera que a duração da pandemia de COVID-19 será certamente muito longa e tomou nota da importância de se manter a resposta e os esforços das comunidades nacionais, regionais e globais", acrescentou.
A pandemia provocou a morte de pelo menos 680.000 pessoas no mundo e infectou mais de 17,6 milhões, segundo contagem feita pela AFP com base em fontes oficiais.
Além disso, o comitê pediu à OMS que apoie os países no desenvolvimento de tratamentos e vacinas e também defendeu que haja maior transparência "na forma como se transmite o vírus, após as potenciais mutações, a imunidade e como se proteger".
O comitê, formado por 18 membros e 12 assessores, ratificou por unanimidade, como era previsto, que o vírus continua representando uma urgência sanitária internacional.
A OMS foi muito criticada por demorar em decretar o estado de urgência depois de o coronavírus ter sido registrado pela primeira vez na China.
Os Estados Unidos, que acusaram a organização de ser um "fantoche" manipulado pela China, iniciou em julho sua retirada da organização.
Está previsto que o comitê de emergência volte a se reunir em três meses.