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OMS pede envio de médicos para combater ebola

Segundo a organização, o número de novos pacientes está subindo bem mais rápido do que a capacidade de lidar com eles


	Ebola: OMS quer apoio internacional para o envio de profissionais, suprimentos médicos e ajuda humanitária
 (Zoom Dosso/AFP)

Ebola: OMS quer apoio internacional para o envio de profissionais, suprimentos médicos e ajuda humanitária (Zoom Dosso/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2014 às 08h55.

Londres/Genebra - O número de novos casos de ebola na África Ocidental está crescendo mais rápido do que a capacidade de resposta das autoridades, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta sexta-feira, renovando o pedido para que trabalhadores da área de saúde do mundo todo sejam enviados à região para ajudar.

O número de mortos devido à doença subiu para mais de 2.400 entre os 4.784 casos registrados.

A diretora-geral da OMS, Margaret Chan, disse que a natureza variada do surto --particularmente nos três países mais afetados, Guiné, Libéria e Serra Leoa--requer uma resposta emergencial em grande escala.

"O surto de ebola que está assolando partes da África Ocidental é o maior e mais complexo e mais grave em quase quatro décadas de história desta doença", disse Chan a repórteres em uma teleconferência internacional a partir de Genebra.

"O número de novos pacientes está subindo bem mais rápido do que a capacidade de lidar com eles. Precisamos de um acréscimo (do atendimento) de pelo menos três a quatro vezes para combater os surtos", acrescentou.

Chan fez um pedido de apoio internacional para o envio de médicos, enfermeiros, suprimentos médicos e ajuda humanitária aos países mais afetados.

"O que mais precisamos é de pessoas", disse. "As pessoas certas, os especialistas certos, e especialistas que estejam treinados apropriadamente e que saibam se manter a salvo."

O índice de infecções e o número de mortos por ebola têm sido particularmente altos entre os trabalhadores da área de saúde, que estão expostos a centenas de pacientes infectados que podem transmitir o vírus por meio dos fluídos corporais como sangue e excrementos.

Alguns trabalhadores estrangeiros, incluindo diversos norte-americanos e europeus também foram infectados durante o trabalho com pacientes na África Ocidental.

Durante a teleconferência com Chan, o ministro da Saúde de Cuba, Roberto Morales Ojeda, anunciou que seu país vai enviar 165 trabalhadores da área médica para ajudar no combate ao ebola - o maior contingente de médicos e enfermeiros estrangeiros até o momento.

A diretora-geral da OMS saudou a medida cubana e pediu que outros países façam o mesmo.

"Se nós vamos travar uma guerra contra o ebola, nós precisamos de recursos para lutar", disse. "Nós ainda precisamos de 500 a 600 médicos vindos do exterior e pelo menos 1.000 ou mais trabalhadores da área de saúde."

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