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OMS nega ter ocultado informações sobre coronavírus após pressão da China

Segungo a revista alemã Der Spiegel, Xi Jinping teria pedido ao chefe da OMS que a agência segurasse informações da pandemia em telefonema em janeiro

O diretor da OMS, Tedros Ghebreyesus: a agência de saúde nega pressão da China no início da pandemia (Christopher Black/OMS/Reuters)

O diretor da OMS, Tedros Ghebreyesus: a agência de saúde nega pressão da China no início da pandemia (Christopher Black/OMS/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de maio de 2020 às 15h17.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) qualificou como "alegações falsas" uma reportagem da mídia alemã que diz que teria ocultado informações sobre o novo coronavírus após pressão da China. A OMS disse, em comunicado, que os relatos da revista alemã Der Spiegel sobre uma conversa telefônica entre o chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, e o presidente da China, Xi Jinping, em 21 de janeiro são "infundados e falsos".

Segundo a Der Spiegel, Xi teria pedido a Tedros durante a ligação para segurar informações sobre a transmissão entre seres humanos do vírus e atrasar a declaração de pandemia. A revista citou a agência de inteligência alemã BND, que se recusou a comentar o assunto neste domingo. A Der Spiegel também afirmou que o BND concluiu que até seis semanas para combater o surto haviam sido perdidas devido à política de informação da China.

A agência da ONU disse que Tedros e Xi "nunca falaram por telefone" e acrescentou que "essas reportagens imprecisas distraem e prejudicam os esforços da OMS e do mundo para acabar com a pandemia de covid-19". A OMS informou que a China confirmou a transmissão entre seres humanos do novo coronavírus em 20 de janeiro.

Autoridades da OMS divulgaram um comunicado dois dias depois dizendo haver evidências de transmissão entre seres humanos em Wuhan, mas que eram necessárias mais investigações. A organização declarou a covid-19 uma pandemia em 11 de fevereiro.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está entre os críticos mais fortes da OMS no tratamento da pandemia, acusando-a de deferência à China e cessando pagamentos à agência. Fonte: Associated Press.

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