O nascimento prematuro é a principal causa da morte de bebês: para a OMS, é um "problema global" (©Getty Images/AFP/File / John Moore/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 16 de novembro de 2012 às 14h51.
Genebra - Aproximadamente 15 milhões de bebês nascem de forma prematura (antes de 37 semanas de gestação) a cada ano no mundo, o que representa mais de um em cada 10 bebês, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) publicados nesta sexta-feira, véspera do Dia Mundial da Prematuridade.
"Há no mundo 15 milhões de bebês prematuros, dos quais um milhão morre a cada ano", declarou a diretora do departamento de Saúde e Desenvolvimento da Criança e do Adolescente da OMS, Elizabeth Mason, durante uma coletiva de imprensa.
O nascimento prematuro é a principal causa da morte de bebês em suas quatro primeiras semanas de vida, e a segunda causa de morte, depois da pneumonia, em crianças menores de cinco anos.
"Sessenta por cento (dos casos de prematuros) se encontram na África e no Sul da Ásia", indicou Mason.
Nos países mais pobres, em média, 12% dos bebês nascem prematuros, contra 9% nos países com renda mais elevada. A taxa de sobrevivência também apresenta desigualde segundo a riqueza dos países.
Para a OMS, é um "problema global". Os 10 países com as maiores taxas de partos prematuros são Índia, China, Nigéria, Paquistão, Indonésia, Estados Unidos, Bangladesh, Filipinas, República Democrática do Congo e Brasil.
A OMS enfatiza que em quase todos os 65 países que apresentam dados confiáveis, este fenômeno tem aumentado nos últimos 20 anos.
Isto pode ser explicado, de acordo com a OMS, por um aumento do número de mulheres mais velhas que têm seus bebês, e o aumento do uso de tratamentos de fertilidade que leva a maiores taxas de gestações múltiplas.
A OMS estima que parte dos bebês prematuros pode ser salva sem recorrer aos tratamentos intensivos neonatais com, por exemplo, a injeção de esteróides durante o pré-natal nas mães com contrações prematuras.