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OMS diz que varíola do macaco pode ser contida nos países não endêmicos

É uma situação que pode ser controlada", declarou Maria Van Kerkhove, diretora da luta contra a covid-19 na OMS

varíola do macaco (Jepayona Delita/Future Publishing/Getty Images)

varíola do macaco (Jepayona Delita/Future Publishing/Getty Images)

Drc

Da redação, com agências

Publicado em 23 de maio de 2022 às 13h10.

Última atualização em 23 de maio de 2022 às 13h25.

A transmissão da varíola do macaco de pessoa para pessoa "pode ser detida nos países não endêmicos", afirmou nesta segunda-feira, 23, a Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Queremos deter a transmissão de pessoa para pessoa. Podemos fazer isto nos países não endêmicos... É uma situação que pode ser controlada", declarou Maria Van Kerkhove, diretora da luta contra a covid-19 na OMS, assim como do combate às doenças emergentes e zoonoses.

Segundo ela, menos de 200 casos confirmados e suspeitos foram reportados até o momento.
"Estamos em uma situação em que podemos recorrer a ferramentas de saúde pública de detecção precoce e isolamento supervisionado de casos", explicou.  "Nós podemos parar a transmissão de humano para humano", insistiu.

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A especialista indicou que a transmissão tem ocorre por "contato físico próximo: contato pele a pele" e que, na maioria dos casos identificados, as pessoas não desenvolveram nenhuma forma grave da doença.

Rosamund Lewis, que dirige a secretaria da OMS para a varíola do macaco no programa de emergências da agência da ONU, disse que a doença é conhecida há pelo menos 40 anos e que poucos casos foram detectados na Europa nos últimos cinco anos, em pessoas que haviam viajado para regiões onde a patologia é endêmica.

No entanto, "é a primeira vez que vemos casos em muitos países e, ao mesmo tempo, em pessoas que não viajaram para regiões endêmicas da África", explicou, citando Nigéria, Camarões, República Centro-Africana e República Democrática do Congo.

Lewis afirmou que não se sabe se o vírus sofreu mutação, mas que o grupo de orthopoxvírus — ao qual pertence o da varíola dos macacos — "não tende a sofrer mutações, mas a permanecer estável".

Por outro lado, Andy Seale, conselheiro estratégico nos programas da OMS para HIV, hepatite e doenças sexualmente transmissíveis, argumentou que, embora o vírus possa ser transmitido por contato sexual, não é uma doença sexualmente transmissível. "Qualquer um pode pegar varíola por contato próximo", disse ele.

O que é varíola de macaco?

A varíola dos macacos, ou ortopoxvirosis simia, como o vírus é chamado, é uma doença rara cujo patógeno é transmitido principalmente do animal para o homem, de forma esporádica e apenas em regiões do continente africano. Embora antes do surto fosse considerada ainda mais difícil de ocorrer, a OMS explica que a transmissão entre humanos também sempre foi possível e se dá pelo contato com lesões, fluidos corporais, compartilhamento de materiais contaminados e vias respiratórias.

Quais são os sintomas da varíola de macaco?

Seus sintomas são semelhantes, em menor escala, aos observados no passado em pacientes de varíola. Febre, dor de cabeça, dores musculares e erupções na pele (lesões) que começam no rosto e se espalham para o resto do corpo, principalmente as mãos e os pés. Geralmente, a doença é leve, e os sintomas desaparecem sozinhos dentro de duas a três semanas, embora casos graves já tenham sido relatados.

Com informações da AFP.

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