Mundo

OMS diz que epidemia de cólera no Iêmen é a pior do mundo

Já são mais de 200 mil casos em dois meses

Iêmen: epidemia de cólera (Brent Stirton/Getty Images)

Iêmen: epidemia de cólera (Brent Stirton/Getty Images)

AB

Agência Brasil

Publicado em 24 de junho de 2017 às 19h34.

A epidemia de cólera que assola o Iêmen já é a pior do mundo, com 5 mil novos doentes por dia e um total que supera os 200 mil casos em dois meses, informou hoje (24), em Genebra, a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Nesse período, a epidemia tem se expandido por quase todas as 23 províncias que formam o país, causando 1.300 mortes. "Acreditamos que o número de mortes aumentará", apontou a OMS em comunicado. As informações são da agência de notícias EFE.

Com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e outras organizações, a OMS está acelerando as ações para deter a doença, registrando todos os focos infecciosos e tentando determinar de que maneira ela se propaga. O grupo também está fornecendo água potável, serviços de saneamento e tratamentos médicos.

A emergência é tanta que a OMS decidiu que as equipes iriam de casa em casa para informar diretamente os moradores sobre as medidas de proteção que devem ser tomadas quanto à purificação da água e o seu correto armazenamento.

Conflito armado

As organizações também pediram que autoridades do Iêmen se esforcem para conter a expansão da epidemia, ainda que os meios públicos sejam escassos por causa do conflito armado que o país vive há mais de dois anos e que fez com que 14,5 milhões de pessoas ficassem sem acesso a serviços básicos.

Os enfrentamentos entre a milícia dos houthis e as forças governamentais, que contam com o apoio de uma coalizão árabe - liderada pela Arábia Saudita e apoiada pelos Estados Unidos -, fizeram o Iêmen mergulhar em uma situação caótica. O país, que já era o mais pobre da região antes do conflito, agora enfrenta uma situação próxima à de fome total em determinadas áreas.

Os combates atingiram ou destruíram vários hospitais e 30 mil médicos e funcionários públicos estão sem pagamentos. "Pedimos a todas as autoridades dentro do país que paguem os salários e, acima de tudo, que ponham fim a este conflito", enfatizou a OMS.

Acompanhe tudo sobre:DoençasIêmenOMS (Organização Mundial da Saúde)

Mais de Mundo

Trump escolhe bilionário Scott Bessent para secretário do Tesouro

Partiu, Europa: qual é o país mais barato para visitar no continente

Sem escala 6x1: os países onde as pessoas trabalham apenas 4 dias por semana

Juiz adia indefinidamente sentença de Trump por condenação em caso de suborno de ex-atriz pornô