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OMS decide se varíola do macaco requer nível de alerta máximo

A maioria dos casos é detectada em homens entre 18 e 50 anos

OMS: mais de 15.300 casos foram registrados em 70 países (Carlos Lujan/Getty Images)

OMS: mais de 15.300 casos foram registrados em 70 países (Carlos Lujan/Getty Images)

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AFP

Publicado em 21 de julho de 2022 às 10h34.

Última atualização em 21 de julho de 2022 às 10h38.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) reúne nesta quinta-feira (21) o comitê de especialistas em varíola do macaco para determinar se o atual aumento de casos é uma emergência de saúde pública de alcance internacional, seu nível mais alto de alerta. 

Este comitê de emergência vai avaliar os índices epidemiológicos, depois que nas últimas semanas mais de 15.300 casos foram registrados em 70 países, segundo dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), a agência de saúde pública dos Estados Unidos.

Leia também: UE compra mais vacinas após aumento de casos de varíola do macaco

"Independentemente da recomendação do comitê, a OMS continuará fazendo todo o possível para conter a varíola do macaco e salvar vidas", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da agência da ONU, em entrevista coletiva na quarta-feira.

Na primeira reunião, em 23 de junho, a maioria dos especialistas recomendou a Tedros que não pronunciasse a emergência de saúde pública de alcance internacional.

Desde o início de maio, foi detectado um aumento incomum de casos fora dos países da África central e ocidental, onde o vírus é endêmico, se espalhando por todo o mundo e com um grande número de casos na Europa.

Descoberta pela primeira vez em humanos em 1970, a varíola do macaco é menos perigosa e contagiosa do que a varíola, que foi erradicada em 1980.

A maioria dos casos é detectada em homens entre 18 e 50 anos.

Em 14 de julho, o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (CEDC) registrou 7.896 infecções pelo vírus da varíola do macaco. A Espanha é o país mais afetado, com 2.835 casos, seguido da Alemanha (1.924), França (912), Holanda (656) e Portugal (515).

A agência de saúde trabalha em paralelo com os Estados-membros e especialistas para avançar na pesquisa e no desenvolvimento em torno do vírus.

"Embora vejamos uma tendência de queda em alguns países, outros estão enfrentando um aumento e 6 países registraram seus primeiros casos na semana passada", afirmou Tedros.

"Alguns países têm menos acesso a diagnósticos e vacinas, o que dificulta o registro e a interrupção dos casos" quando os estoques de vacinas estão baixos, acrescentou.

A empresa dinamarquesa Bavarian Nordic, o único laboratório que produz uma vacina autorizada contra a varíola do macaco, informou na terça-feira que recebeu um pedido de 1,5 milhão de doses, a maioria para serem fornecidas em 2023, de um país europeu cujo nome não revelou e os Estados Unidos encomendaram 2,5 milhões de doses.

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