Mundo

OMS anuncia fim da pandemia de gripe A

Pandemia da gripe A matou cerca de 19 mil pessoas em todo o mundo

De acordo coma OMS, o vírus da gripe A (H1N1) não desapareceu mas já passou pela pior fase (Feng Li/Getty Images)

De acordo coma OMS, o vírus da gripe A (H1N1) não desapareceu mas já passou pela pior fase (Feng Li/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h11.

Genebra - A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou hoje o fim da pandemia de gripe A, 14 meses depois de ter declarado o nível máximo de alerta pela aparição do vírus, que matou cerca de 19 mil pessoas em todo o mundo.

"O mundo não está mais na fase seis de alerta pandêmico. Passamos para a fase pós-pandêmica", disse a diretora-geral do organismo, Margaret Chan, que tomou a decisão de levantar o alerta aconselhada pelo Comitê de Emergência da OMS, reunido horas antes.

"Esta é a opinião do Comitê de Emergência", disse Margaret Chan, em uma entrevista coletiva pelo telefone, de Hong Kong, na qual voltou a defender a atuação do organismo frente às críticas por ter causado um alarme desnecessário e uma despesa desmedida em vacinas.

No entanto, a responsável da OMS deixou claro que a passagem para a fase pós-pandêmica "não significa que o vírus A(H1N1) tenha desaparecido", e defendeu a controversa gestão da crise pelo organismo.

"Com base em nossa experiência com pandemias anteriores, esperamos que o vírus A(H1N1) adote um comportamento similar ao do vírus da gripe comum e continue circulando nos próximos anos", disse Chan.

E acrescentou que "neste período pós-pandêmico podem aparecer surtos com níveis significativos de transmissão do A(H1N1). Esta é a situação que observamos agora na Nova Zelândia e pode acontecer o mesmo em outros lugares".


Margaret ressaltou que, atualmente, o vírus da gripe A não é o dominante e que na maioria dos países circula uma mistura de vírus gripais.

Segundo ela, como em alguns países 20% e 40% da população foi infectada pelo vírus A (H1N1), isso deu certa imunidade às pessoas.

Apesar de tudo, a diretora-geral da OMS advertiu que o vírus "continuará causando uma doença grave em jovens e outros grupos de risco", por isso insistiu em recomendar a vacinação.

"Tivemos sorte neste ano que passou. O vírus não mudou para a outra forma mais letal e não foi desenvolvida resistência ao oseltamivir (princípio ativo dos remédios contra o vírus), e a vacina demonstrou ser segura", ressaltou Margaret, frente às críticas recebidas pela OMS depois que os Governos gastaram milhões em vacinas não utilizadas.

Leia mais notícias sobre saúde

Siga as últimas notícias de Mundo no Twitter

Acompanhe tudo sobre:FarmáciasSaúdeSetor farmacêutico

Mais de Mundo

Trump escolhe bilionário Scott Bessent para secretário do Tesouro

Partiu, Europa: qual é o país mais barato para visitar no continente

Sem escala 6x1: os países onde as pessoas trabalham apenas 4 dias por semana

Juiz adia indefinidamente sentença de Trump por condenação em caso de suborno de ex-atriz pornô