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OMS alerta para 'tsunami' de casos por Ômicron neste fim de ano

Do México a Atenas, de Paris a São Paulo, as festas de fim de ano foram ofuscadas pelo forte aumento de casos em todo mundo, o que está levando muitos países a reimporem restrições

 (Chesnot/Getty Images)

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AFP

Publicado em 30 de dezembro de 2021 às 07h28.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou sobre um "tsunami" de casos de covid-19 relacionados com a variante ômicron, a qual está colocando os sistemas de saúde, mais uma vez, "à beira do colapso" e tem atingido as celebrações de fim de ano em muitos lugares. 

Do México a Atenas, de Paris a São Paulo, as festas de fim de ano foram ofuscadas pelo forte aumento de casos em todo mundo, o que está levando muitos países a reimporem restrições.

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"A música será proibida" em bares e restaurantes, anunciou o ministro grego da Saúde, Thanos Plevris, em uma mensagem transmitida pela televisão.

O objetivo é tentar limitar a vontade de seus compatriotas de saírem de casa na virada do ano.

"Bares e restaurantes vão fechar à meia-noite. Para a festa de 31 de dezembro, estarão autorizados a permanecerem abertos até as 2 da manhã, mas sempre sem música", frisou.

A Grécia registrou um novo recorde de infecções diárias na quarta-feira (29), a exemplo de outros outros países que vêm atingindo, há dias, picos de casos diários de covid-19, como França, Reino Unido e Espanha.

Na França, os estabelecimentos de entretenimento noturno, como "clubs" e boates, ficarão fechados por várias semanas. Em Paris, os bares deverão fechar às 2 da manhã. Na Cidade do México e em São Paulo, as autoridades cancelaram as comemorações do Ano Novo, devido ao coronavírus.

Restrições parecidas se multiplicam por outros países. Na Alemanha, por exemplo, que decretou medidas duras, o ministro da Saúde, Karl Lauterbach, alertou que elas "não serão o suficiente" contra a ômicron, variante que provocará um "crescimento líquido" de casos nas próximas semanas.

"Tsunami" de contágios

"Estou extremamente preocupado que a ômicron, ao ser mais transmissível e circular ao mesmo tempo que a delta, esteja provocando um tsunami de casos", declarou o diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em entrevista coletiva.

"Isso está e continuará colocando uma pressão imensa sobre os esgotados trabalhadores da saúde, e os sistemas de saúde estão à beira do colapso", acrescentou.

No mundo todo, uma média diária de mais de 935.000 casos de covid-19 foi registrada entre 22 e 28 de dezembro, de acordo com um balanço da AFP feito com base em dados oficiais. Não se via este número desde o início da pandemia, em dezembro de 2019.

"O risco global relacionado com a nova variante ômicron permanece muito alto", frisou a OMS em seu relatório epidemiológico semanal.

A maioria das novas infecções foi registrada na Europa, onde vários países alcançaram novos máximos históricos na quarta-feira (29).

O Reino Unido tem mais de 10.000 pessoas internadas com covid-19, o número mais alto no território desde março.

A Dinamarca é o país com mais casos novos em relação à sua população e pulverizou seu recorde, com 23.228 novas infecções.

Apesar de ostentar altas taxas de vacinação de sua população, a Espanha ultrapassou, pela primeira vez, 100.000 casos diários, após vários dias consecutivos atingindo máximos.

A nova onda também afeta os Estados Unidos, que alcançaram seu teto de infecções (mais de 265 mil), assim como América Latina e Caribe. A região agora acumula mais de 47 milhões de casos e quase 1,6 milhão de mortes.

Na última semana, os casos aumentaram 50%, enquanto os óbitos associados ao coronavírus subiram 11%, de acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

A Argentina registrou um recorde diário, com 42.032 casos e 26 mortes. O máximo anterior correspondia a 27 de maio passado, com 41.020 infectados e 551 falecimentos.

Na Colômbia, o governo advertiu ontem que o país está diante de um novo pico da pandemia. A Bolívia também registrou um recorde histórico de 4.934 infecções diárias.

Até o momento, a explosão de casos não se traduziu em um aumento no número de mortos, que há três semanas vem caindo ao redor do mundo. O total de vítimas fatais da pandemia da covid-19 até agora é de mais de 5,4 milhões de pessoas.

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