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Com 41 mil casos, Europa registra proliferação de sarampo, diz OMS

O número de pessoas infectadas nos seis primeiros meses de 2018 foi maior do que o total registrado ao longo de uma década

A orientação é manter uma cobertura vacinal de pelo menos 95% para previr novos surtos (Sean Gallup/Getty Images)

A orientação é manter uma cobertura vacinal de pelo menos 95% para previr novos surtos (Sean Gallup/Getty Images)

AB

Agência Brasil

Publicado em 20 de agosto de 2018 às 11h18.

Última atualização em 20 de agosto de 2018 às 14h37.

Mais de 41 mil pessoas na Europa foram infectadas pelo sarampo nos primeiros seis meses deste ano, segundo alerta emitido hoje (20) pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O número ultrapassa o total registrado ao longo de 12 meses em todos os últimos anos desta década. Até então, o maior número de casos entre 2010 e 2017 havia sido identificado no ano passado, quando foram contabilizadas 23.927 infecções. Os dados mostram ainda que pelo menos 37 pessoas morreram este ano por causa da doença.

"Estamos observando um aumento dramático nas infecções e surtos prolongados", destacou a diretora regional da OMS para a Europa, Zsuzsanna Jakab. "Pedimos a todos os países que implementem imediatamente medidas amplas e adequadas ao contexto para impedir uma maior disseminação dessa doença", acrescentou, ao citar a importância de programas de imunização contra o sarampo.

Dados da OMS mostram que sete países da Europa já registram mais de mil casos de sarampo entre crianças e adultos este ano - França, Geórgia, Grécia, Itália, Rússia, Sérvia e Ucrânia. Apenas na Ucrânia, mais de 23 mil pessoas foram afetadas pela doença, o que representa mais da metade do total de casos identificados no continente. Mortes relacionadas ao sarampo, segundo a entidade, foram reportadas em todos esses sete países, com a Sérvia respondendo pelo número mais alto: 14 até o momento.

A organização reforçou que o vírus do sarampo é excepcionalmente contagioso e se espalha facilmente entre indivíduos suscetíveis. A orientação para prevenir surtos é manter, todos os anos, uma cobertura vacinal de pelo menos 95% utilizando duas doses da vacina contra a doença, com esforços especiais para identificar crianças, adolescentes e adultos que não foram imunizados no passado.

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