Barco lotado de imigrantes é rebocado: Entre 1º de janeiro e 31 de agosto, 2.643 imigrantes e refugiados morreram em naufrágios no Mediterrâneo (Reuters/ Alkis Konstantinidis)
Da Redação
Publicado em 1 de setembro de 2015 às 10h51.
Genebra - A Organização Internacional de Migrações (OIM) divulgou nesta terça-feira que 351 mil imigrantes e refugiados cruzaram o Mediterrâneo e chegaram à Europa este ano, e 2.643 morreram na tentativa.
A arrasadora maioria entrou pela Grécia, cerca de 218 mil, e à Itália chegaram 114 mil, segundo os dados mais recentes do organismo.
A maior parte dos imigrantes e refugiados que chegaram à Itália é de Eritreia, Nigéria, Somália, Sudão e Síria.
Já nas ilhas gregas chegaram mais sírios, seguidos por afegãos, albaneses, paquistaneses e iraquianos.
Entre 1º de janeiro e 31 de agosto, 2.643 imigrantes e refugiados morreram em naufrágios no Mediterrâneo. Agosto foi o segundo com mais mortes (638) em 2015, só superado por abril, com 1.265 mortos.
Em geral, quem chega à Grécia parte depois - por todos os meios possíveis - rumo ao centro e ao norte da Europa, cruzando Macedônia e Sérvia.
A agência das Nações Unidas para a infância, Unicef, assinalou que nos últimos três meses triplicou o número de mulheres e crianças que cruzaram da Grécia à Macedônia.
No total, mais de 52 mil pessoas foram registradas desde junho no centro de recepção de Gevgelija, na Macedônia, a agência estima que um número parecido atravessou a fronteira sem realizar esse trâmite.
As organizações que prestam socorro a estes imigrantes e refugiados avaliam que 30 mil pessoas atravessam a fronteira diariamente e que um terço é de mulheres e crianças. Das mulheres, 12% estão grávidas.
O Unicef assinalou também que essas pessoas precisam receber mais água e ter mais acesso a serviços de saúde e higiene pessoal, assim como a atendimento médico em certos casos, já que muitos passaram meses viajando sob o sol, sem descanso e somente com a roupa do corpo.
Por isso há inumeráveis casos de desidratação, diarreia e queimaduras entre outras complicações.
O organismo assinalou que as autoridades dos países receptores deveriam facilitar ajuda às crianças que cruzam as fronteiras sozinhas ou com suas famílias, e processar suas solicitações de asilo mais rapidamente.