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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.
Paris - A Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) vai a examinar a reivindicação sul-americana de declarar livres de aftosa com vacinação as zonas fronteiriças com o Paraguai na Argentina, Brasil e Bolívia, algo que pode acontecer em setembro.
O anúncio foi feito pelo presidente da OIE, Carlos Correa Messuti, que em declarações à Agência Efe explicou que "haverá uma reunião" para abordar a situação dessas regiões fronteiriças cujos criadores de gado "estão sendo castigados injustamente" porque são considerados não imunes de aftosa apesar dos controles severos a que são submetidos.
"Não há nenhum elemento para manter" essas áreas de alta vigilância em um corredor de uma quinzena de quilômetros de um lado a outro das fronteiras citadas como áreas que não estão livres desta doença, ressaltou Correa.
O presidente da OIE, de nacionalidade uruguaia, assinalou que no encontro geral anual da organização, realizado esta semana em Paris, se conseguiu que a solicitação sul-americana para mudar esse estatuto seja tratada antes do próximo ano, se as coisas forem bem em setembro.
"Isto vai facilitar o comércio dessas regiões" que até agora se viam penalizadas na hora de exportar sua produção pecuária pelo estatuto particular de áreas de alta vigilância, que implicava sua consideração como não imunes da aftosa, acrescentou.
Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai, Bolívia e Chile são os que formalizaram a reivindicação para o exame da qualificação dos corredores de um e outro lado das fronteiras do Paraguai.
Por outro lado, Correa ressaltou que os representantes dos 176 países-membros da OIE em seu plano estratégico para o período 2011-2015 introduziram objetivos em uma série de temas inovadores, como o da saúde alimentícia dos produtos pecuários, em um mundo no qual se prevê que a demanda de proteínas animais deve crescer 50% nos próximos 25 anos.