Mundo

Oficiais da Cisjordânia viajam a Gaza para reatar relações

Segundo porta-voz da Autoridade Palestina, reunião entre membros dos governos irá discutir questões como interrupção de energia e a reconstrução dos territórios


	Faixa de Gaza: região sofre com cortes diários no fornecimento de energia e falta de material de construção
 (Dan Kitwood/Staff)

Faixa de Gaza: região sofre com cortes diários no fornecimento de energia e falta de material de construção (Dan Kitwood/Staff)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de dezembro de 2014 às 16h16.

Gaza - Membros do governo da Cisjordânia viajaram nesta segunda-feira à Faixa de Gaza para a primeira reunião do governo de unidade entre os dois territórios palestinos, numa tentativa de dar fim a anos de divisão política entre as duas regiões.

Segundo Ihab Bsaiso, porta-voz da Autoridade Palestina, a reunião entre membros dos dois governos irá discutir questões como interrupção de energia e a reconstrução dos territórios.

Desde que o Hamas assumiu o controle da região de Gaza em 2007, os palestinos convivem com dois governos. No primeiro semestre, as duas partes decidiram formar um governo de tecnocratas apolíticos.

A nova autoridade, no entanto, ainda não funciona devidamente por causa das profundas diferenças entre Hamas e Fatah.

Divergências vão desde a questão do controle das fronteiras com Israel até o pagamento de salários para funcionários do Hamas.

A Faixa de Gaza, que enfrentou 50 dias de conflitos com Israel no primeiro semestre, sofre com cortes diários no fornecimento de energia e a falta de material de construção.

No entanto, um plano internacional para a reconstrução do território tem sido repetidamente postergado devido a divergências palestinas que impedem o novo governo de tomar controle dos postos de fronteira com Israel.

Essa é a segunda vez que oficiais da Cisjordânia vão à Gaza desde a formação do governo.

Em outubro, a visita do primeiro-ministro Rami Hamdallah foi vista como mera formalidade. Ele não faz parte a nova comitiva.

Salah Bardawil, um oficial do Hamas, afirmou que a reconciliação deve ser baseada na "parceria" e que o Hamas deve ter um papel nas travessias de fronteira.

"Sem isso, essa visita é considerada uma manobra".

Fonte: Associated Press.

Acompanhe tudo sobre:CisjordâniaDiplomaciaFaixa de GazaPalestina

Mais de Mundo

Por que as inundações na Espanha deixaram tantos mortos?

Autoridades venezuelanas intensificam provocações ao governo Lula após veto no Brics

Projeto de energias renováveis no Deserto de Taclamacã recebe aporte bilionário da China

Claudia Sheinbaum confirma participação na Cúpula do G20 no Rio de Janeiro