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Ofensiva israelense em Gaza já deixou mais de 1.302 mortos

Pelo menos 1.302 palestinos morreram e mais de sete mil ficaram feridos desde que começou a ofensiva israelense contra o Hamas em Gaza, em 8 de julho


	Tanque israelense em Gaza: desde meia-noite, cerca de 72 palestinos morreram
 (REUTERS/Baz Ratner)

Tanque israelense em Gaza: desde meia-noite, cerca de 72 palestinos morreram (REUTERS/Baz Ratner)

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Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2014 às 12h26.

Gaza/Jerusalém - Pelo menos 1.302 palestinos morreram e mais de sete mil ficaram feridos desde que começou a ofensiva israelense contra o Hamas em Gaza, em 8 de julho, informaram nesta quarta-feira fontes médicas.

Desde meia-noite passada, cerca de 72 palestinos morreram e 200 ficaram feridos durante os incessantes ataques por terra, mar e ar das forças armadas israelenses contra a Faixa de Gaza, que se intensificaram nos últimos dias.

Segundo um comunicado divulgado pelo Ministério da Saúde de Gaza, os hospitais do território receberam durante o dia dezenas de feridos e mortos, incluídos os corpos de várias mulheres e crianças que se encontravam em uma escola da agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA) atingida por bombardeios.

A escola-albergue do campo de refugiados de Jabalya, no norte da Faixa de Gaza, foi atacada durante a madrugada. Segundo o comissário geral da agência da ONU para os refugiados palestinos, Pierre Krähenbühl, avaliações iniciais identificaram que a ação foi realizada por "artilharia israelense".

Testemunhas disseram que três tanques dispararam diretamente contra a escola al-Hussein, que segundo a UNRWA acolhia "3.300 pessoas que tinham buscado refúgio" no centro após serem forçadas pelo próprio exército israelense a evacuar seus lares.

Krähenbühl denunciou em uma nota divulgada hoje no site da UNRWA que "crianças tinham sido assassinados enquanto dormiam com seus pais no chão de salas de aula em um refúgio da ONU em Gaza".

"Crianças assassinadas enquanto dormem, isso é uma afronta para todos nós, uma vergonha universal. Hoje o mundo se encontra em desgraça", criticou o comissário.

Segundo a agência, as forças armadas israelenses sabiam da situação do local.

"A localização precisa da escola elementar de meninas de Jabalya e o fato de que abrigava milhares de deslocados internos foram comunicados ao exército israelense dezessete vezes para assegurar sua proteção. A última vez, na noite passada, poucas horas antes do bombardeio letal", denunciou Krähenbühl.

O comissário condenou "nos termos mais enérgicos esta grave violação do direito internacional por parte das forças israelenses", que segundo ele atacaram em até seis ocasiões instalações similares da ONU na Faixa de Gaza.

Por este motivo, Krähenbühl fez "um pedido à comunidade internacional para tomar ações políticas para colocar um fim imediato á carnificina".

O exército israelense disse não ter conhecimento do ataque contra o complexo, apesar de ter reconhecido que dezenas de alvos em Gaza tinham sido bombardeados nesta madrugada.

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