"Usaram tudo o tinham contra as Forças de Segurança, mas foram rechaçados", explicou o porta-voz da polícia afegã (Reuters/Parwiz)
Da Redação
Publicado em 24 de abril de 2015 às 13h30.
Cabul - Pelo menos 68 pessoas morreram, a maioria supostos insurgentes, e 43 ficaram feridas nesta sexta-feira, no primeiro dia da ofensiva de primavera dos talibãs, informaram à Agência Efe fontes oficiais.
Os insurgentes iniciaram a ofensiva, chamada "Azm", com ataques a postos das Forças de Segurança afegãs, que segundo as fontes foram repelidos e causaram diversas mortes entre os agressores. Não há registros de vítimas civis.
"Pelo menos 44 talibãs morreram e 27 ficaram feridos em confrontos com o exército afegão no distrito de Muqur, da província de Ghazni" (sul do Afeganistão), disse o porta-voz do Ministério da Defesa, o general Dawlat Waziri.
As forças afegãs, que pela primeira vez desde 2002 não contam com apoio da Otan nos combates, realizaram várias operações militares contra os insurgentes em nove províncias, afirmou Waziri.
No norte do Afeganistão, "os talibãs fizeram vários ataques contra as Forças de Segurança pela manhã e, por enquanto, 15 insurgentes e dois policiais morreram e cinco agressores ficaram feridos", declarou um porta-voz da polícia de Kunduz, Sarwar Hussaini.
"Usaram tudo o tinham contra as Forças de Segurança, mas foram rechaçados", explicou o porta-voz, que disse que os combates continuavam em várias partes da província.
Outros sete supostos insurgentes morreram e 11 foram feridos nas províncias de Kunar (leste) e Faryab (noroeste).
Um porta-voz dos talibãs, Zabihullah Mujahid, declarou em comunicado que nas primeiras cinco horas da ofensiva foram feitos pelo menos 108 ataques com dezenas de mortes entre as forças afegãs e quatro mortos e sete feridos entre os insurgentes.
Os talibãs afegãos anunciaram na quarta-feira que hoje teria início a ofensiva contra alvos estrangeiros como tropas e instalações diplomáticas, e contra o exército afegão.
A Otan encerrou em 2014 a missão de combate no Afeganistão, a Isaf, que foi substituída desde janeiro deste ano por cerca de 4.000 soldados em tarefas de assistência e capacitação dos corpos de segurança afegãos.
Os Estados Unidos continuam a missão "antiterrorista" no Afeganistão com aproximadamente 9.800 soldados, que ficarão no local até o fim do ano, mas Washington cogita alterar os prazos para retirar o contingente do país.