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OEA nunca mais entrará na Venezuela, garante Maduro

Nos últimos dias, a Organização tentou, sem sucesso, atingir um consenso sobre a criação de um grupo para mediar o diálogo entre governo e oposição no país

Nicolás Maduro: definiu a falta de acordo na OEA como "uma vitória diplomática e política" (Marco Bello/Reuters)

Nicolás Maduro: definiu a falta de acordo na OEA como "uma vitória diplomática e política" (Marco Bello/Reuters)

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AFP

Publicado em 23 de junho de 2017 às 08h26.

O presidente Nicolás Maduro afirmou nesta quinta-feira (22) que representantes da Organização dos Estados Americanos (OEA) "nunca mais" entrarão na Venezuela.

"Na Venezuela, a OEA não entra nunca mais. Assim eu digo: nunca mais entrará ninguém da OEA", advertiu Maduro, em entrevista coletiva com correspondentes estrangeiros.

Ontem, a OEA terminou sua Assembleia Geral, realizada em Cancún (México), sem conseguir chegar a um consenso em torno da proposta dos Estados Unidos e de outros países de criar um grupo de contato para mediar o diálogo entre governo e oposição.

Maduro definiu a falta de acordo na OEA como "uma vitória diplomática e política" e antecipou que não reconhecerá qualquer decisão futura do órgão.

"Se, algum dia, chegarem pela via da pressão, da obsessão e do lobby criminoso de Washington e das ameaças para tirar uma resolução, (...) nos rebelaríamos e enfrentaríamos em todas suas formas", insistiu o presidente.

Em declarações anteriores, Maduro chegou a dizer que a saída da Venezuela da OEA era "irreversível", mas, nesta quinta, afirmou que poderia reconsiderá-la se o secretário-geral da organização, Luis Almagro, renunciasse.

"Esqueça da Venezuela, Almagro! (...) Deveria renunciar à OEA e permitir que os países se ocupem de recuperar e reorganizar a OEA (...). Seria a única forma que eu pensaria em algum regresso", garantiu.

Nesse sentido, propôs "um plano de reestruturação" que "respeite a soberania dos povos".

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