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OEA: número de refugiados venezuelanos deve superar 5 milhões até 2020

De acordo com a OEA, trata-se da segunda maior crise de imigrantes e refugiados no mundo, depois da que envolveu os sírios

Relatório mostra ainda que na Colômbia há 1,2 milhão de venezuelanos (Daniel Munoz/VIEWpress/Corbis/Getty Images)

Relatório mostra ainda que na Colômbia há 1,2 milhão de venezuelanos (Daniel Munoz/VIEWpress/Corbis/Getty Images)

AB

Agência Brasil

Publicado em 9 de março de 2019 às 13h37.

Relatório elaborado pelo Grupo de Trabalho da Organização dos Estados Americanos (OEA) alerta que a migração forçada de venezuelanos ultrapassará 5 milhões de pessoas até o final de 2019. O relatório também prevê que, se a situação não mudar na Venezuela, até o ano 2020, entre 7,5 e 8,2 milhões de venezuelanos poderão fazer parte da migração forçada.

De acordo com a OEA, trata-se da segunda maior crise de imigrantes e refugiados no mundo, depois da que envolveu os sírios. O secretário-geral da entidade, Luis Almagro, afirmou que a crise venezuelana tende a expulsar cada vez mais cidadãos. Segundo ele, são mais de 3,4 milhões de venezuelanos que buscam refúgio em outros países.

"Os venezuelanos são a segunda população com mais refugiados do mundo, perdendo apenas para a Síria, que está em guerra há sete anos. As previsões indicam que até o final de 2019 o êxodo chegará a 5,4 milhões de pessoas" disse Almagro.

O coordenador do Grupo de Trabalho, David Smolansky, afirmou que a assistência internacional para migrantes e refugiados venezuelanos é escassa. "Agradecemos a generosidade da comunidade internacional, mas essa contribuição hoje não chega a US$ 200 milhões e, em uma comparação, a crise síria recebeu mais de US$ 30 bilhões e a do Sudão do Sul recebeu quase US$ 10 milhões."

Segundo o relatório, para os refugiados sírios são destinados US$ 5 mil por pessoa e para os venezuelanos, menos de US$ 300 por pessoa. O relatório mostra ainda que na Colômbia há 1,2 milhão de venezuelanos; no Peru, 700 mil; no Chile, 265 mil; no Equador, 220mil e na Argentina, 130 mil. O estudo não menciona o Brasil.

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