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OEA diz estar preocupada com eleições presidenciais no Peru

Um mês antes da eleição presidencial no Peru, o principal tribunal eleitoral do país rechaçou na quarta-feira a inscrição do candidato Julio Guzmán


	Julio Guzmán: o motivo alegado foi que o partido de Guzmán, Todos pelo Peru, cometeu erros administrativos e não respeitou suas normas para formar a chapa presidencial
 (Mariana Bazo / Reuters)

Julio Guzmán: o motivo alegado foi que o partido de Guzmán, Todos pelo Peru, cometeu erros administrativos e não respeitou suas normas para formar a chapa presidencial (Mariana Bazo / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de março de 2016 às 14h50.

Lima - A Organização dos Estados Americanos (OEA) afirmou que enviará uma missão de observação eleitoral ao Peru e manifestou sua preocupação com os prazos estabelecidos pela lei eleitoral do país para impugnar candidaturas.

Um mês antes da eleição presidencial no Peru, o principal tribunal eleitoral do país rechaçou na quarta-feira a inscrição do candidato Julio Guzmán, principal rival da favorita Keiko Fujimori e segundo nas preferências eleitorais, segundo as pesquisas.

O motivo alegado foi que o partido de Guzmán, Todos pelo Peru, cometeu erros administrativos e não respeitou suas normas para formar a chapa presidencial.

"Ainda que o sistema de impugnações previsto pela legislação eleitoral respeite o direito de audiência e diversidade de instâncias, os prazos para a apresentação dos recursos para impugnar candidaturas provocam incerteza tanto no eleitorado como nos competidores", afirmou a OEA em comunicado à imprensa.

A entidade acrescentou que enviará no dia 14 uma missão de observação eleitoral a Lima, encabeçada pelo ex-chanceler uruguaio Sergio Abreu.

O partido de Guzmán afirmou na quarta-feira em comunicado que interporá um "recurso extraordinário" ante o máximo tribunal eleitoral.

As cédulas eleitorais e símbolos dos candidatos devem começar a ser impressas neste sábado no país.

O órgão eleitoral peruano também excluiu outro candidato à presidência, César Acuña, que era o quarto nas intenções de voto segundo as pesquisas.

Acuña foi punido por entregar dinheiro durante um ato de campanha, o que é proibido por lei.

Cerca de 21 milhões de eleitores peruanos votarão em 10 de abril na disputa presidencial. Serão também escolhidos 130 legisladores do Parlamento unicameral do país.

Caso nenhum dos candidatos à presidência obtenha 50% mais um dos votos, os dois que ficarem à frente disputam o segundo turno, em 5 de junho.

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