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OEA: diálogo não será fácil pois Lugo já foi julgado

O secretário-geral da organização reiterou que a OEA não tem poder para intervir no Paraguai de forma unilateral

Insulza: "poderíamos ter atuado no caso do Paraguai se o presidente Lugo tivesse recorrido enquanto estava no cargo" (World Economic Forum/Flickr)

Insulza: "poderíamos ter atuado no caso do Paraguai se o presidente Lugo tivesse recorrido enquanto estava no cargo" (World Economic Forum/Flickr)

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Da Redação

Publicado em 26 de junho de 2012 às 11h43.

Santiago do Chile - O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, disse nesta terça-feira que existe no Paraguai as condições necessárias para um diálogo, mas segundo ele isto não será fácil pois o Congresso já realizou o julgamento político que determinou o impeachment do ex-presidente Fernando Lugo.

Em entrevista à "Rádio Cooperativa do Chile", Insulza ressaltou além disso que "não houve disposição de diálogo" quando a delegação de chanceleres da Unasul viajou para Assunção, na sexta-feira passada, para analisar a crise política.

Apesar isto, o chileno destacou que "a situação no Paraguai está tranquila" e "felizmente não houve surtos de violência". O Conselho Permanente da OEA se reunirá hoje em sessão extraordinária para analisar a crise gerada pela cassação de Lugo.

Após um conflito agrário que causou a morte de seis policiais e 11 trabalhadores rurais em 15 de junho, Lugo foi acusado de mau desempenho de suas funções

Insulza reiterou que a OEA não tem poder para intervir no Paraguai de forma unilateral. "Podemos buscar por meio de várias medidas uma aproximação entre ambas as partes", opinou.

"Poderíamos ter atuado no caso do Paraguai se o presidente Lugo tivesse recorrido enquanto estava no cargo", explicou Insulza.

"A OEA somente atua quando é solicitada. E não intervém, só atua para aproximar as partes", ressaltou.

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