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OEA denuncia irregularidades em eleições na Venezuela

A organização criticou a ausência de uma "observação eleitoral internacional imparcial" nas eleições regionais do último dia 15

Eleições na Venezuela (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Eleições na Venezuela (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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EFE

Publicado em 25 de outubro de 2017 às 08h06.

Washington - A Organização dos Estados Americanos (OEA) denunciou irregularidades e violações sistemáticas durante as eleições regionais do último dia 15 de outubro na Venezuela devido à falta de observação independente.

"O processo eleitoral venezuelano esteve infestado de irregularidades que restringiram os direitos políticos dos cidadãos e impediram que os resultados publicados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) refletissem a vontade do povo venezuelano", assegurou a OEA em um relatório divulgado no final da noite de terça-feira.

"Estas irregularidades, que se fizeram visíveis dentro e fora do país, geraram um clima de desconfiança e incerteza a respeito da transparência e validade das eleições", acrescentou.

A OEA criticou a ausência de uma "observação eleitoral internacional imparcial" nas eleições e afirmou que uma auditoria integral do processo já é "inviável" pela "impossibilidade material" de verificar alguns dos procedimentos.

Com cerca de 53% dos votos, o chavismo ganhou 18 dos 23 governos no último dia 15 de outubro, enquanto a oposição, com 45%, conseguiu se impor em apenas cinco.

Os resultados geraram uma forte fratura dentro da oposição, já que os quatro governadores eleitos que pertencem ao partido opositor Ação Democrática (AD) juraram seus cargos perante a governista Assembleia Nacional Constituinte (ANC).

O outro governador, do Primeiro Justiça (PJ), o partido do líder opositor Henrique Capriles, não jurou perante a ANC e pode perder o cargo.

O secretário-geral da OEA, Luis Almagro, teve na semana passada uma discussão acalorada com o líder do AD, Henry Ramos Allup.

Almagro acusou a oposição, à qual defende desde que chegou à Secretaria Geral da OEA, de ser parte da "fraude" por participar do processo eleitoral.

"É muito claro que qualquer força política que aceita participar de uma eleição sem garantias se transforma em instrumento essencial da eventual fraude", disse.

Essa mensagem irritou Allup, ex-presidente da Assembleia Nacional, que respondeu: "Inconvenientes as suas declarações e não nos ajudam em nada neste momento, porque se nós decidimos participar, é uma decisão que apenas nós devemos tomar".

Nesse sentido, Capriles ameaçou nesta terça-feira abandonar a coalizão opositora Mesa de Unidade Democrática (MUD) se Allup não sair antes.

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