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OEA adia votação de data para reunião sobre Venezuela

Um grupo amplo de países queria votar nesta quarta-feira a proposta de convocar a reunião de chanceleres para 22 de maio

Maduro: a Venezuela não estava presente na sessão, depois de solicitar em 28 de abril sua saída da OEA (foto/Reuters)

Maduro: a Venezuela não estava presente na sessão, depois de solicitar em 28 de abril sua saída da OEA (foto/Reuters)

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EFE

Publicado em 10 de maio de 2017 às 16h18.

Washington - A Organização dos Estados Americanos (OEA) adiou para a próxima segunda-feira a votação da data da reunião de consulta de chanceleres sobre a "situação" na Venezuela, a pedido do Equador e de vários países do Caribe.

Um grupo amplo de países queria votar nesta quarta-feira a proposta de convocar a reunião de chanceleres para 22 de maio na sede do organismo em Washington, mas teve que adiar esta decisão perante a oposição de alguns países aliados da Venezuela.

A Venezuela não estava presente na sessão, depois de solicitar em 28 de abril sua saída da OEA - que não será efetiva até 2019 -, precisamente pela aprovação da convocação da reunião de chanceleres sobre sua crise em 26 de abril.

Na próxima segunda-feira será realizado um Conselho Permanente Extraordinário para votar uma nova proposta de data que deverá entrar em consenso nos próximos dias para evitar uma situação de bloqueio como a de hoje.

A sessão ordinária de hoje esteve paralisada durante um bom período devido ao desacordo dos países entre eles e com o presidente temporário do Conselho Permanente da OEA, o boliviano Diego Pary, sobre se seria votado hoje, o que seria votado ou quando se tomaria finalmente a decisão.

Os países que defenderam a convocação do dia 22, para a qual seus respectivos ministros de Relações Exteriores já tinham separado um espaço em suas agendas, foram os impulsores da iniciativa: Brasil, Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Estados Unidos, Honduras, Guatemala, México, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai.

O primeiro a pedir a troca da data da reunião foi o Equador, com o argumento de que no dia 24 de maio os chanceleres foram convidados à posse do novo presidente do país, Lenin Moreno.

As delegações promotoras lhe responderam que havia tempo suficiente para viajar e atender as duas convocações.

Depois, um grupo de países do Caribe, que sempre apoiam a Venezuela na OEA, começou uma série de intervenções para denunciar que não foram incluídos nas reuniões preparatórias da sessão de hoje, para propor um "grupo de trabalho" que incorpore todos e para adiar a data do encontro.

Os países que impediram a votação hoje pertencem ao grupo de nações que no último dia 26 votou contra convocar a reunião de chanceleres sobre a Venezuela: Antígua e Barbuda, Bolívia, Dominica, Equador, Haiti, Nicarágua, São Cristóvão e Nevis, São Vicente e Granadinas e Suriname.

Agora começa uma nova negociação para entrar em consenso sobre uma data que possa ser aprovada no Conselho Extraordinário de segunda-feira, algo que, em vista da tensão evidenciada hoje na reunião, não parece fácil de conseguir.

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