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Ocupação da capital é conspiração, diz presidente do Iêmen

O presidente do Iêmen classificou o controle imposto pelos rebeldes houthis sobre a maior parte da capital Sana como fruto de conspiração


	Soldado em um posto de controle na capital do Iêmen, Sana
 (Mohammed Huwais/AFP)

Soldado em um posto de controle na capital do Iêmen, Sana (Mohammed Huwais/AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2014 às 14h35.

Sana - O presidente do Iêmen, Abdo Rabbo Mansour Hadi, classificou o controle imposto pelos rebeldes houthis sobre a maior parte da capital Sana como fruto de uma "conspiração", da qual, segundo ele, participaram países estrangeiros, informou à Efe uma fonte governamental.

Durante uma reunião com altos cargos, o chefe de Estado afirmou que "a entrega de algumas instituições aconteceu por uma conspiração premeditada que supera as fronteiras da pátria", disse a fonte, que esteve presente no encontro do Palácio Presidencial.

Embora não tenha mencionado o Irã diretamente, o presidente iemenita costuma acusar o país de tramar conspirações contra o Iêmen. Segundo ele, também participaram da manobra "forças que tinham perdido seus interesses", em referência ao ex-presidente Ali Abdullah Saleh, de confissão xiita.

Além disso, Hadi assinalou que Sana "não cairá e nem será monopólio de ninguém" e pediu aos houthis membros do grupo Ansar Alá (Seguidores de Deus), que abandonem a cidade.

A capital iemenita se encontra quase totalmente controlada pelos rebeldes houthis, que estabeleceram postos de controle nas principais ruas da cidade e organizam patrulhas em diferentes bairros.

Entre os edifícios estatais que ainda se encontram fora do controle rebelde estão o Palácio Presidencial, a residência do presidente da República e as principais sedes dos serviços de inteligência.

Os houthis, os partidos políticos e a presidência do Iêmen assinaram no sábado um acordo de paz para pôr fim ao conflito armado entre as milícias de Ansar Alá e as Forças Armadas.

A trégua garante a formação de um novo governo de tecnocratas, que será formado com base em um consenso nacional, e a continuidade das negociações entre as partes da crise.

Na semana passada, os houthis lançaram uma ofensiva para tomar o controle da capital, o que causou a morte de dezenas de pessoas durante os conflitos entre as forças governamentais e a milícia.

Após pegar em armas em 2004, os houthis controlam desde 2010 a província de Saada (norte) e tentam há meses ampliar as áreas sob seu domínio.

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