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Ocidente tem 3 anos para conter Irã, diz vice-premiê de Israel

Moshe Yaalon disse que programa nuclear iraniano ainda é prioridade para o governo israelense, mas não mencionou possíveis ataques militares

Yaalon, vice-premiê de Israel: Irã deve escolher se mantém programa nuclear ou "sobrevive" (Getty Images)

Yaalon, vice-premiê de Israel: Irã deve escolher se mantém programa nuclear ou "sobrevive" (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 29 de dezembro de 2010 às 07h25.

Jerusalém - Os Estados Unidos e seus aliados têm até três anos para frear o programa nuclear iraniano, que tem sofrido com problemas técnicos e com a imposição de sanções, disse uma autoridade israelense de primeiro escalão nesta quarta-feira.

Afirmando que o Irã segue sendo a principal prioridade do governo israelense, o vice-primeiro-ministro, Moshe Yaalon, não mencionou possíveis ataques militares unilaterais por parte de Israel, afirmando esperar que as medidas lideradas pelos EUA contra o Irã tenham sucesso.

"Acredito que este esforço vai crescer, e vai incluir áreas além das sanções, para convencer o regime iraniano de que, efetivamente, ele tem de escolher entre continuar a buscar capacidades nucleares e sobreviver", disse Yaalon à Rádio Israel.

"Não sei se isso vai acontecer em 2011, ou em 2012, mas estamos falando sobre os próximos três anos."

Yaalon, um ex-chefe das Forças Armadas, disse que os planos de enriquecimento de urânio do Irã sofreram reveses. Alguns analistas viram sinais de sabotagem externa em incidentes como a invasão de computadores iranianos por um vírus.

"Essas dificuldades adiaram o cronograma, é claro. Deste modo, não podemos falar de um 'ponto sem volta'. O Irã não tem a capacidade de fazer uma bomba nuclear por si próprio", disse.

Yaalon já havia sido duro com o Irã anteriormente, afirmando que era preferível que Israel atacasse a República Islâmica em vez de permitir que o país consiga a bomba atômica. Acredita-se que Israel seja o único país do Oriente Médio a ter a bomba.

Outras autoridades, como o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, têm mantido silêncio sobre a opção militar em relação ao Irã, que traria obstáculos táticos e diplomáticos ao país.

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