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Ocidente politizou críticas à repressão de protestos, diz Putin

Milhares de pessoas participaram de passeatas anticorrupção em toda a Rússia no domingo, e dezenas foram presas ou multadas

Putin: os Estados Unidos e a União Europeia pediram às autoridades russas para libertarem os detidos, e Putin criticou esses pedidos (Sergei Karpukhin/Reuters)

Putin: os Estados Unidos e a União Europeia pediram às autoridades russas para libertarem os detidos, e Putin criticou esses pedidos (Sergei Karpukhin/Reuters)

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Reuters

Publicado em 30 de março de 2017 às 17h02.

Arkhangelsk, Rússia - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quinta-feira que as críticas ocidentais à maneira como seu país lidou com protestos antigoverno no final de semana foram uma tentativa politicamente motivada de interferir em assuntos internos russos.

Falando durante um fórum ártico no norte da Rússia, Putin, que deve concorrer a um quarto mandato presidencial no ano que vem, também disse que seus adversários políticos estão tentando canalizar o descontentamento público com a corrupção para suas próprias necessidades "mercenárias".

"Sabemos bem que essa ferramenta foi usada no início da assim chamada Primavera Árabe, ao que isso levou e que banho de sangue aconteceu na região", disse Putin em seus primeiros comentários sobre as manifestações de rua do final de semana.

Milhares de pessoas participaram de passeatas anticorrupção em toda a Rússia no domingo, e dezenas foram presas ou multadas.

Os Estados Unidos e a União Europeia pediram às autoridades russas para libertarem os detidos, e Putin criticou esses pedidos nesta quinta-feira.

"Tais apelos à Rússia têm o fim puramente político de fazer pressão na vida política doméstica do país", afirmou. "Todos deveriam respeitar a lei e todos que violam a lei deveriam ser punidos de acordo com a legislação russa".

As autoridades recusaram uma permissão formal para os manifestantes realizarem os eventos na maioria das cidades, o que significa que a maioria deles foi ilegal aos olhos do Estado.

Mas ativistas da oposição discordaram e citaram a constituição, que alegam dar às pessoas o direito de se reunir pacificamente sem aprovação das autoridades.

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