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OCDE: recuperação está desacelerando e pede política atenciosa

As políticas de estímulo deveriam ser prorrogadas ou ampliadas caso a lentidão permaneça

O economista-chefe da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos, Pier Carlo Padoan (Eric Piermont/AFP)

O economista-chefe da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos, Pier Carlo Padoan (Eric Piermont/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2010 às 09h44.

Paris - A recuperação econômica global parece estar se desacelerando mais do que o esperado com o crescimento mais fraco nos países ricos, e as políticas de estímulo deveriam ser prorrogadas ou ampliadas caso a lentidão permaneça, afirmou nesta quinta-feira a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

A previsão de crescimento do órgão para o G7 é de 1,4 por cento no terceiro trimestre, em média, e de 1,0 por cento no quarto. Os números são inferiores aos 3,2 por cento e 2,5 por cento do primeiro e segundo trimestres.

"Estamos vendo uma desaceleração mais ou menos generalizada na retomada econômica", disse o economista-chefe da OCDE Pier Carlo Padoan ao Reuters Insider. Ele ponderou, no entanto, que no momento não prevê recessão em nenhuma grande economia.

A previsão anualizada da OCDE para o crescimento dos EUA é de 2,0 por cento no terceiro trimestre e de 1,2 por cento no quarto, após taxas de 1,6 por cento no segundo trimestre e de 3,7 por cento no primeiro.

"Indicadores recentes apontam para uma desaceleração da economia mundial, que de alguma forma é mais pronunciada do que o esperado anteriormente", afirmou.

"Ainda não está claro se a perda de ímpeto da recuperação é temporária... ou se isso sinaliza fraquezas estruturais maiores no gasto privado no momento em que o apoio estatal está sendo retirado", afirmou a organização.

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