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OCDE recomenda que bancos centrais não subam juros

Organização também cortou previsão de crescimento em países como os EUA, de 3,2% para até 2,25%

Obama visita siderúrgica nos EUA: recuperação da economia está desacelerando (Arquivo/Getty Images)

Obama visita siderúrgica nos EUA: recuperação da economia está desacelerando (Arquivo/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 3 de novembro de 2010 às 14h17.

Londres - A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) cortou sua projeção de crescimento em 2011 e disse que os bancos centrais não deveriam subir as taxas de juro de forma significativa até o primeiro semestre de 2012. "Em consequência do fraco crescimento nos Estados Unidos e na zona do euro e, diante do fato de que as expectativas de inflação continuam bem ancoradas, a normalização das taxas de juro deveriam ocorrer apenas no primeiro semestre de 2012", disse a OCDE em seu relatório de projeção econômica.

Por outro lado, o relatório diz que uma flexibilização quantitativa deveria ocorrer quando a produção e a inflação ficam menores do que o projetado. Quanto às taxas de juro no Japão, a OCDE opinou que "persistindo a deflação, a política de juro deveria ser mantida nos níveis atuais em 2011 e 2012 e uma significante flexibilização deveria ser implementada para estimular a economia".

O corte na projeção de crescimento em 2011 foi particularmente forte para os Estados Unidos, onde a OCDE estima agora expansão de 1,75% a 2,25% no ano que vem, abaixo da previsão anterior de crescimento de 3,2%. Mas a OCDE calcula que a economia norte-americana ganhará impulso em 2012, com o PIB avançando entre 2,75% a 3,24%.

Considerando todos os seus 33 membros, a OCDE cortou a projeção de crescimento em 2011 para 2% a 2,5%, ante os 2,8% esperados anteriormente. Em 2012, a OCDE prevê crescimento de 2,5% a 3% para o grupo. A OCDE notou também a necessidade de ajustes nos déficits públicos dos países, que exigirão "esforços de consolidação históricos" na maior parte dos casos. O grupo advertiu ainda para as intervenções unilaterais nos mercados de câmbio, que podem provocar respostas protecionistas. As informações são da Dow Jones.

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