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Obras de Belo Monte podem não começar este ano, diz jornal

Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, o consórcio Norte Energia não cumpriu com as precondições impostas pelo Ibama para a instalação do canteiro de obras

Em capacidade de energia, Belo Monte perde apenas para usina binacional de Itaipu (foto) e Três Gargantas, na China (Fernando Cavalcanti/Veja)

Em capacidade de energia, Belo Monte perde apenas para usina binacional de Itaipu (foto) e Três Gargantas, na China (Fernando Cavalcanti/Veja)

Diogo Max

Diogo Max

Publicado em 16 de novembro de 2010 às 06h58.

São Paulo - Uma das principais obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), a Hidrelétrica de Belo Monte, que será instalada no Rio Xingu, no Pará, não deverá ter sua construção iniciada ainda neste ano.  Técnicos do Ibama já emitiram dois pareceres contrários ao começo das obras.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, que obteve dois pareceres do Ibama, o consórcio Norte Energia (Nesa) não cumpriu com as “precondições impostas” para a instalação do canteiro de obras. Segundo a reportagem, publicada nesta terça, são 40 precondições, que vão desde saneamento à preservação da fauna.

Os parecerem, que datam dos dias 5  e 20 de outubro, também mostram que o consórcio teria subestimado o número de pessoas que migrariam para a região de Altamira, no Pará.

A Usina de Belo Monte será a terceira maior do mundo, com capacidade instalada de 11.233 Megawatts, atrás da chinesa Três Gargantas e a binacional Itaipu.

Quando operar em plena capacidade, segundo a Aneel, a usina irá atender a uma demanda de  uma cidade com 26 milhões de habitantes, o equivalente a região metropolitana de São Paulo.

O valor estimado da obra pode chegar a R$ 30 bilhões. O projeto da Hidrelétrica de Belo Monte data de meados dos anos 70 do século passado e foi retomado pelo governo Lula dentro do PAC.

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