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Obama vê em crise e tiroteios os piores momentos de seu mandato

"Sempre me perseguirá de alguma forma" o fato de ter sido presidente durante esses massacres de menores nos EUA, afirmou Obama

Obama: o presidente disse que seu maior legado é ter evitado "que o mundo caísse em uma grande crise financeira" (Carlos Barria / Reuters)

Obama: o presidente disse que seu maior legado é ter evitado "que o mundo caísse em uma grande crise financeira" (Carlos Barria / Reuters)

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EFE

Publicado em 17 de novembro de 2016 às 18h55.

Berlim - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, acredita que seus piores momentos no cargo aconteceram no início de seu mandato, quando teve que enfrentar a crise financeira global e após vários tiroteios indiscriminados nos quais morreram crianças.

Obama avaliou desta forma seus anos na Casa Branca em entrevista divulgada nesta quinta-feira pela emissora pública alemã "ARD" por ocasião de sua visita a Berlim.

"Sempre me perseguirá de alguma forma" o fato de ter sido presidente durante esses massacres de menores nos EUA, afirmou Obama, que lembrou a dureza de falar, no dia seguinte da tragédia, com os pais das crianças assassinadas.

Por outro lado, o presidente americano disse que seu maior legado é ter evitado "que o mundo caísse em uma grande crise financeira", graças à colaboração com o G20 e as instituições internacionais para "estabilizar a economia global" e "retornar ao crescimento".

Na política interna, Obama também considerou que sua maior conquista foi ter conseguido um sistema de cobertura sanitária para 20 milhões de cidadãos americanos que até esse momento não tinham acesso a seguros de saúde, uma medida que foi muito criticada pelos republicanos.

Neste sentido, Obama pediu melhorias neste sistema a seu sucessor, Donald Trump, a quem lembrou também que "fazer campanha e governar são duas coisas totalmente distintas" e a quem acusou de ter "se aproveitado" de alguns "medos" da população.

Obama afirmou, além disso, que o Ocidente atravessa tempos de mudança e instou os políticos a se aproximar mais das pessoas e promover a participação popular, especialmente os europeus, já que as estruturas de governo são "tão complexas" que as pessoas as sentem muito distantes.

Por fim, Obama louvou a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, a quem considerou uma "parceira incrível" por sua "confiabilidade", sua capacidade analítica, sua sinceridade, sua disposição "a lutar por seus valores" e sua defesa de "uma ordem democrática" e com economia de mercado.

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