OBAMA: presidente diz que Estados Unidos “precisam agir” sobre participação russa em ataques ao Partido Democrata / Carlos Barria/Reuters
Da Redação
Publicado em 16 de dezembro de 2016 às 17h57.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h40.
Hillary: ataque é contra o país
Após um relatório da CIA, agência de inteligência americana, mostrar que os ataques cibernéticos que vazaram dados do Partido Democrata foram coordenados pelo governo russo, a ex-secretária de Estado Hillary Clinton afirmou que o caso é um ataque “não somente contra sua campanha, mas contra o país”. Para a democrata, o presidente russo, Vladimir Putin, tem uma “birra pessoal” com ela. Hillary afirmou que os vazamentos, somados às acusações do FBI contra o uso de seu servidor pessoal de e-mails, fizeram os eleitores decidir o voto a favor de Donald Trump nos últimos dias da eleição presidencial.
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Obama: EUA vai revidar
O presidente americano, Barack Obama, também comentou o caso e disse que vai usar suas últimas semanas de mandato para agir contra a participação russa nos ataques, não descartando a aplicação de sanções diretamente via Poder Executivo. “Precisamos agir. E nós vamos”, disse em entrevista a uma rede de televisão.
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Trump: tarde demais
O presidente eleito americano, Donald Trump, por sua vez, ainda não se pronunciou legitimando o papel dos russos nos vazamentos. Para aliados, é improvável que Trump dê alguma declaração nesse sentido antes que o Colégio Eleitoral se reúna para confirmar sua vitória — o que acontecerá na segunda-feira 19. Em sua conta no Twitter, o magnata usou a situação para atacar a gestão de Obama. “Se a Rússia, ou qualquer outra entidade, nos hackeou, porque a Casa Branca demorou tanto para agir? Por que eles só reclamam sobre a derrota da Hillary?”, disse.
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Jerusalém na mira
A equipe de transição de Trump afirmou que o presidente eleito ainda não está se movimentando para transferir a embaixada americana em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, mas que Trump segue “profundamente comprometido” a fazer a transferência. O tema é delicado pelo fato de Jerusalém ser considerada sagrada por israelenses e palestinos. O assunto voltou à tona depois que o magnata nomeou David Friedman como o novo embaixador americano em Israel. Friedman é conhecido por ser contra a existência do Estado palestino.
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Pentágono vs. China
O Departamento de Defesa americano registrou uma queixa diplomática formal contra a China exigindo a devolução de um drone subaquático apreendido por um navio de guerra chinês no Mar do Sul da China. O equipamento coletava informações científicas na região. “É nosso, está claramente marcado como nosso, e gostaríamos de tê-lo de volta”, disse um porta-voz do Pentágono. O incidente pode intensificar tensões no território, que é foco de disputas entre países da Ásia. O governo chinês ainda não se pronunciou sobre o caso.
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Pausa na retirada em Alepo
O processo de evacuação de civis da cidade de Alepo, que começou na quinta-feira, foi paralisado após problemas de segurança. Um comboio levando 1.000 pessoas foi parado no caminho por forças pró-governo, e parte dos civis foi assassinada. Cerca de 50.000 pessoas estavam presas na cidade, ao mesmo tempo em que irrompem batalhas entre forças do presidente sírio Bashar al-Assad e os rebeldes pelo controle da cidade. Para o secretário-geral das Nações Unidas, Ban ki-moon, Alepo se transformou em “sinônimo do inferno”.
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O papa em ação
Na tentativa de avançar as negociações por um acordo de paz entre colombianos e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), o papa Francisco se reuniu no Vaticano com o presidente do país, Juan Manuel Santos, e com o ex-presidente Álvaro Uribe. Principal opositor do tratado de paz, Uribe liderou a campanha para obter a reprovação do texto em um referendo popular. O encontro teria ocorrido a convite do papa, mas o Vaticano não divulgou o teor da conversa. O pontífice é um grande defensor do acordo e vem participando ativamente das negociações.