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Obama tenta assegurar acordo com Irã antes da chegada de Trump

Durante a campanha norte-americana, no ano passado, Trump atacou repetidas vezes o acordo nuclear com o Irã

Trump e Obama: reunião é vista como a última chance de acordo entre os países, já que o novo presidente não colaboraria (Kevin Lamarque/Reuters)

Trump e Obama: reunião é vista como a última chance de acordo entre os países, já que o novo presidente não colaboraria (Kevin Lamarque/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de janeiro de 2017 às 11h48.

Bruxelas - Autoridades dos Estados Unidos, Europa e Irã se encontram nesta terça-feira em Viena, no que é visto como a última oportunidade para o governo do presidente Barack Obama impulsionar as chances de sobrevivência do acordo nuclear iraniano com seus parceiros antes da chegada de Donald Trump à Casa Branca.

Nos últimos meses, a Comissão aprovou a isenção de alguns materiais do programa nuclear e buscou tomar medidas para impedir que regime de Teerã não viole os acordos em outros materiais, como o urânio e a água pesada.

Durante a campanha norte-americana, no ano passado, Trump atacou repetidas vezes o acordo, um dos principais legados de política externa de Obama.

Após as eleições de 8 de novembro, autoridades do atual governo afirmam que eles buscavam maneiras de assegurar que ele não seja desfeito pelo próximo presidente.

Entre os assuntos a ser discutido na reunião desta terça-feira, estão reclamações sobre a decisão do Congresso norte-americano de estender sanções não relacionadas ao programa nuclear ao Irã.

O encontro também deve decidir sobre a importação de urânio não enriquecido ao Irã, que não pode ser utilizado, pelo menos nesta forma, para o programa nuclear.

Autoridades norte-americanas afirmam que o Irã pode utilizar o material - importado da Rússia - para abastecer a usina de Bushehr. O país também precisa concordar com medidas de supervisão do material pelos próximos 25 anos.

Fonte: Associated Press.

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