Mundo

Obama tem real preocupação sobre rumos do Egito, diz Kerry

"Apresentamos uma série de opções muito reais ao Governo do Egito. Mas na hora da verdade, eles têm que tomar a decisão", completou o secretário de Estado


	"O presidente Obama e sua administração compartilham preocupações reais sobre o rumo que parece estar sendo tomado pelo Egito", disse Kerry em entrevista coletiva
 (Jewel Samad/AFP)

"O presidente Obama e sua administração compartilham preocupações reais sobre o rumo que parece estar sendo tomado pelo Egito", disse Kerry em entrevista coletiva (Jewel Samad/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de abril de 2013 às 21h40.

Washington - O secretário de Estado americano, John Kerry, revelou nesta terça-feira que o presidente do país, Barack Obama, está preocupado com o futuro do Egito, mas acredita que há tempo de levar a democracia ao país.

"O presidente Obama e sua administração compartilham preocupações reais sobre o rumo que parece estar sendo tomado pelo Egito", disse Kerry em entrevista coletiva depois de se reunir com o ministro das Relações Exteriores sul-coreano, Yun Byung-se.

"Nossa esperança é que ainda haja tempo de endireitar as coisas. Mas as detenções recentes e a violência nas ruas, a falta de inclusão da oposição na vida pública em uma maneira que marque uma diferença para o povo do Egito nos preocupam", acrescentou.

Kerry considerou que o Egito está em um "momento crítico" e lembrou que os Estados Unidos trabalharam "muito duro nas últimas semanas para que o Governo egípcio estenda a mão à oposição, negocie com o FMI (Fundo Monetário Internacional) e chegue a um acordo que permitirá ao Egito começar a transformar sua economia e melhorar as vidas de seus cidadãos".

"Apresentamos uma série de opções muito reais ao Governo do Egito. Mas na hora da verdade, eles têm que tomar a decisão", completou.

O chefe da diplomacia americana destacou que seu país não quer apoiar uma pessoa nem um partido em detrimento a outro, mas "ajudar a população do Egito a tornar realidade os sonhos que expressaram na praça Tahrir" em janeiro de 2011.

"Acho que ainda há tempo para que a promessa de democracia seja cumprida. Mas serão o Governo e o povo egípcios que tomarão essa decisão", reiterou.

As declarações de Kerry chegam um dia depois que a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, afirmou que preocupa aos EUA "que a liberdade de expressão esteja sendo suprimida no Egito".

Victoria reagiu assim à detenção e interrogatório a que foi submetido no último fim de semana o humorista Basim Youssef, por supostamente ter insultado o presidente egípcio, Mohammed Mursi.

O braço político da Irmandade Muçulmana do Egito, o Partido Liberdade e Justiça (PLJ), chamou hoje de "ingerência flagrante nos assuntos internos do Egito" os comentários da porta-voz sobre Youssef em comunicado. EFE

Acompanhe tudo sobre:Barack ObamaDemocraciaDiplomaciaPersonalidadesPolíticos

Mais de Mundo

Manifestação reúne milhares em Valencia contra gestão de inundações

Biden receberá Trump na Casa Branca para iniciar transição histórica

Incêndio devastador ameaça mais de 11 mil construções na Califórnia

Justiça dos EUA acusa Irã de conspirar assassinato de Trump; Teerã rebate: 'totalmente infundado'