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Obama, Taylor, Lebron: celebridades podem ampliar adesão à vacina

Estratégia é demonstrar que a vacina é segura, um passo fundamental para reduzir os índices de contágio do novo coronavírus

Barack Obama, ex-presidente dos Estados Unidos: voluntário a tomar a vacina em público para reduzir a resistência de parte da população americana (Bill Pugliano/Getty Images)

Barack Obama, ex-presidente dos Estados Unidos: voluntário a tomar a vacina em público para reduzir a resistência de parte da população americana (Bill Pugliano/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de dezembro de 2020 às 20h04.

Última atualização em 13 de dezembro de 2020 às 20h15.

Com o sinal verde dado à vacina da Pfizer com a BioNTech, os Estados Unidos estão prontos para começar nesta segunda-feira, 14, seu plano de imunizar 20 milhões de pessoas até 31 de dezembro.

Um dos maiores desafios será reduzir a resistência de parte da população a tomar a vacina. Uma das sugestões de especialistas é colocar celebridades e pessoas com ampla popularidade, como a cantora Taylor Swift, a apresentadora Oprah Winfrey e o jogador de basquete Lebron James, para tomar a vacina em público logo nos primeiros dias, para que sirvam como atestado de que ela é segura.

O epidemiologista Anthony Fauci, que se tornou a face do combate à pandemia nos Estados Unidos, deve ser vacinado em público. Os ex-presidentes George W. Bush, Bill Clinton e Barack Obama se ofereceram para fazer o mesmo, demonstrando o mesmo espírito de nação apesar das diferenças partidárias. A vacinação seria registrada ao vivo e transmitida pelas redes de TV.

Quatro em cada dez americanos ainda dizem que não pretendem se vacinar, segundo pesquisa do instituto Pew Research feita em novembro. Mas, deste grupo, dois admitem tomar sua dose depois que outros o façam. A aceitação tem aumentado, já que em outubro metade dizia que não seria vacinada.

O uso emergencial do imunizante da Pfizer foi autorizado na noite de sexta-feira, 11, pela agência americana que regula medicamentos e alimentos, a Food and Drug Administration (FDA). Cerca de 2,9 milhões de doses já serão distribuídas nesta semana para os Estados.

Com 328 milhões de habitantes, o governo americano assinou em maio um contrato para garantir 300 milhões de doses desenvolvidas pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford -- cujas pesquisas sofreram atraso.

Em julho, o país assegurou uma compra para obter 100 milhões de doses da vacina da Pfizer-BioNTech, que exige aplicação dupla para atingir a imunização de 95%.

Em agosto, foi feita pelos americanos mais uma compra de 100 milhões de doses da Moderna, suplementada na sexta-feira por mais um compromisso de igual volume para 2021.

Com isso, os EUA garantiram acesso a 600 milhões de doses. Por ora, as vacinas da Moderna e da Pfizer estão próximas do uso. Além da Pfizer, a Moderna foi a única farmacêutica que formalizou pedido de registro junto à FDA. A reunião do comitê consultivo da agência americana para avaliar a vacina da Moderna acontecerá na quinta, 17.

Dias após o começo da vacinação no Reino Unido, os americanos terão um desafio de distribuição maior. "Existem bons planos de logística, mas eles não foram testados na prática", disse Joshua Petrie, professor do Departamento de Epidemiologia da Universidade de Saúde Pública de Michigan.

"Tem sido um desafio fazer com que a população use máscaras em público. Então, também haverá desafios em termos de receptividade da vacina em algumas comunidades."

Os primeiros a receber a vacina serão profissionais de saúde e moradores e trabalhadores de casas de repouso e clínicas médicas. Há cerca de 24 milhões de pessoas que se encaixam nestas categorias no país.

A chancela da FDA ao imunizante da Pfizer pode estimular outros países a seguirem o mesmo caminho, já que a análise da agência foi feita de forma independente, e não apenas com base nas informações das farmacêuticas, como aconteceu no Reino Unido. Seria, segundo especialistas, um critério de credibilidade.

Para especialistas como o médico e advogado sanitarista Daniel Dourado, o passo do governo americano pode ter impacto no Brasil, onde o uso da vacina da Pfizer tem sido negociado pelo governo federal.

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