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Obama subsidia inovação da indústria dos EUA

Presidente dos EUA quer substituir importações e incentivar o retorno de parcela de investimentos americanos no exterior

Hu Jintao e Barack Obama: EUA não querem mais ficar para trás (Samantha Appleton/White House)

Hu Jintao e Barack Obama: EUA não querem mais ficar para trás (Samantha Appleton/White House)

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Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2011 às 08h44.

Washington - Preocupado com a demolição de boa parte do setor produtivo dos Estados Unidos nas últimas décadas, o governo de Barack Obama lançou sem estardalhaço uma nova política industrial sustentada na inovação, na substituição de importações e no incentivo ao retorno de parcela de investimentos americanos no exterior.

Com discrição, Obama anunciou o plano em discurso no último dia 7 na Câmara de Comércio dos EUA. Como exemplos do novo “espírito industrial”, citou três iniciativas - as plantas da Caterpillar, no Texas, e da Dow Kokam, em Michigan, e uma iniciativa da Geomagic.

“Agora mesmo, negócios em todo o país estão provando que os EUA podem competir”, afirmou. “Agora é a hora para investir na América”, apelou Obama aos empresários. Única companhia americana especializada em softwares em 3D, a Geomagic decidiu trazer de volta a sua sede, em Durham, na Carolina do Norte, os setores de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) de suas filiais na Alemanha e na China.

Segundo a presidente da empresa, Ping Fu, o objetivo foi concentrar a “alma do negócio” nos EUA, onde há maior oferta de mão de obra qualificada. A área de P&D recebe anualmente 45% do faturamento da companhia. Entre os orgulhos de Ping Fu estão a tecnologia para criação dos monstros do filme Avatar, do design do iPhone e de sapatos para a popstar Lady Gaga.

A Geomagic manteve na Alemanha e na China apenas suas instalações de marketing e vendas para os mercados da Ásia e da Europa e tem planos de abrir uma unidade no Brasil. Para Obama, esse é um exemplo de empresa que está “trazendo de volta os empregos do exterior” - mesmo que sejam apenas 46 postos de trabalho.

Na política industrial da Casa Branca, um ponto-chave é o estímulo aos negócios geradores de empregos dificilmente transferíveis a outros países, como meio de superar o desemprego nos EUA. Daí o foco nas áreas de tecnologia da informação, biotecnologia e de energia limpa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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