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Obama: situação na Europa não deve pôr em risco recuperação global

Durante visita à Alemanha, presidente americano elogiou a atuação de Angela Merkel para resolver a crise grega

Barack Obama cumprimenta Angela Merkel: luta para impedir a recessão (Alex Wong/Getty Images)

Barack Obama cumprimenta Angela Merkel: luta para impedir a recessão (Alex Wong/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de junho de 2011 às 14h41.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta terça-feira que ele e a chanceler alemã, Angela Merkel, concordam que não se deve permitir que a situação financeira na Europa ponha em risco a recuperação econômica global.

Em entrevista coletiva conjunta após uma reunião de quase duas horas na Casa Branca, Merkel afirmou por sua vez que a Alemanha quer mostrar "solidariedade" a seus parceiros afetados pela crise na Europa mas também acredita que "é necessário aumentar" a competitividade de seu país.

Em seu pronunciamento, Obama, que ressaltou que não crê que os EUA possam cair em uma dupla recessão apesar dos últimos dados econômicos que apontam para uma desaceleração na criação de empregos, expressou sua confiança na força da Europa frente à crise da dívida grega.

Obama afirmou que a Grécia enfrenta uma "situação difícil", na qual adotou passos significativos para sanar sua dívida, mas perante a pressão dos mercados de capital internacionais precisa da ajuda de outros países da UE.

"Acredito que, sob a liderança alemã, junto com outros protagonistas, vamos encontrar um caminho para que a Grécia volte a crescer", disse.

Os EUA se comprometeram "a cooperar plenamente, tanto no plano bilateral como dentro das instituições multilaterais, como o Fundo Monetário Internacional", para resolver a crise, afirmou Obama.

O crescimento econômico de seu país, lembrou, "depende de uma resposta sensata" a esta crise. Um "descumprimento de pagamentos incontrolado" na zona do euro representaria, segundo sua opinião, "um desastre".

No encontro, os dois líderes abordaram também questões como a guerra no Afeganistão e a intervenção da Otan na Líbia. Segundo Obama, ambos debateram como a Alemanha, que não quis participar militarmente da operação, poderá apoiar o desenvolvimento do país norte-africano assim que o líder líbio, Muammar Kadafi, deixar o poder.

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