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Obama sinaliza apoio à extensão do corte de impostos

Está aberto o caminho para um acordo sobre a questão nas próximas semanas

O presidente Barack Obama não sabe por quanto tempo duraria a extensão dos cortes nos impostos (Chip Somodevilla/Getty Images)

O presidente Barack Obama não sabe por quanto tempo duraria a extensão dos cortes nos impostos (Chip Somodevilla/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2010 às 09h52.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o líder da minoria republicana no Senado dos Estados Unidos, Mitch McConnell (Republicano pelo Kentucky) sinalizaram que estão abertos a uma extensão nos cortes de impostos aprovados na era W. Bush. Com isso, eles abrem o caminho para um acordo sobre a questão nas próximas semanas, antes que os impostos subam para mais de 150 milhões de pessoas e famílias nos EUA em 1º de janeiro de 2011.

Tanto Obama quanto McConnell não especificaram por quanto tempo iria durar a extensão dos cortes. A questão poderá ser um dos temas centrais na discussão se as negociações se intensificarem. Parlamentares e a Casa Branca têm ficado durante semanas em um impasse sobre os cortes nos impostos, que foram aprovados em 2001 e 2003 e deverão expirar em 31 de dezembro deste ano.

Antes das eleições de 2 de novembro, Obama propôs estender de maneira permanente os cortes nos impostos para indivíduos que ganham até US$ 200 mil por ano e casais que tenham renda conjunta de US$ 250 mil. Para os que ganham acima desses patamares, Obama propôs o fim do corte nos impostos.

Nos últimos dias, porém, Obama mudou o discurso, dizendo que se opõe a extensões "permanentes" nos cortes de impostos para os que ganham acima de US$ 200 mil e US$ 250 mil, mas deixando a porta aberta para uma extensão de curto prazo para essas faixas de renda. Em entrevista ao programa de TV 60 Minutes, Obama disse que "existe uma base para a negociação" quando chegar o momento de estender os cortes nos impostos para pessoas que ganham mais que US$ 200 mil e casais que ganham acima de US$ 250 mil por ano

Já McConnell, falando ao programa de TV Face the Nation, da emissora CBS, disse que prefere uma extensão permanente nos cortes de impostos e se disse pronto a "começar a conversar sobre conseguir algum tipo de extensão no qual as taxas não subam para ninguém". McConnell deverá ter uma influência significativa durante as sessões no Congresso. 

Mesmo que os republicanos tenham conquistado dezenas de cadeiras na Câmara dos Representantes e obtido uma maioria, além de terem avançado no Senado, os novos congressistas só irão tomar posse em janeiro e, até lá, os democratas controlarão a Câmara e o Senado. "Eu acredito que a questão aqui é se você quer subir impostos para pequenos empresários no meio do que muitos americanos acham que é uma recessão" disse McConnell. "Eu e meus correligionários achamos que é uma má ideia", afirmou. As informações são da Dow Jones.

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