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Obama saúda um país mais forte em recordação do 11/9 nos EUA

"Quando os livros de história forem escritos, o que restará do 11 de setembro não serão nem o ódio nem as divisões e sim um mundo mais seguro", disse o presidente dos EUA

Barack Obama ouve ao hino nacional: o presidente americano disse que seu país "aplicou um golpe devastador na Al-Qaeda" (©AFP / Brendan Smialowski)

Barack Obama ouve ao hino nacional: o presidente americano disse que seu país "aplicou um golpe devastador na Al-Qaeda" (©AFP / Brendan Smialowski)

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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2012 às 17h58.

Nova York - O presidente Barack Obama saudou nesta terça-feira a unidade e a força dos Estados Unidos em ocasião do 11º aniversário dos atentados de 11 de setembro, recordados com simplicidade em cerimônias discretas conduzidas em Nova York, Washington e Shanksville (Pensilvânia).

"Quando os livros de história forem escritos, o que restará do 11 de setembro não serão nem o ódio nem as divisões e sim um mundo mais seguro, um país mais forte e pessoas mais unidas do que antes", declarou Obama ao encontrar alguns familiares das vítimas do Pentágono, onde caiu um dos aviões sequestrados por terroristas da Al-Qaeda.

O presidente americano disse que seu país "aplicou um golpe devastador na Al-Qaeda". "E Osama bin Laden não nos ameaçará nunca mais", acrescentou Obama, que deu a ordem para a realização da missão que matou o fundador da rede extremista em maio de 2011 no Paquistão.

Em Nova York, a cerimônia aconteceu pela primeira vez no National September 11 Memorial Plaza, inaugurado ano passado no local onde ficavam as Torres Gêmeas do World Trade Center (WTC), que desabaram depois que dois aviões comerciais sequestrados por terroristas bateram nos prédios.

Familiares das vítimas se reuniram no local arborizado, ao sul de Manhattan, onde foram construídas duas grandes fontes onde ficavam as torres. A cerimônia começou pouco antes das 08h46 locais, momento do primeiro dos cinco minutos de silêncio previstos no dia.

Nenhum discurso político foi feito na cerimônia deste ano, que teve a presença do prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, para quem "chegou o momento de encarar algo diferente".


Em 2011, a cerimônia no local onde ficavam as Torres Gêmeas contou com a presença do presidente Obama, em meio ao impacto pelo 10º aniversário dos ataques e pela morte de Osama Bin Laden, poucos meses antes.

Nesta terça-feira, o chefe de Estado e a esposa, Michelle Obama, recordaram a tragédia em Washington com um minuto de silêncio nos jardins da Casa Branca, antes de Obama se dirigir para o Pentágono.

Em sinal de respeito à tragédia que comoveu os Estados Unidos, Obama e seu rival republicano na eleição de 6 de novembro, Mitt Romney, suspenderam por um dia a campanha eleitoral.

O vice-presidente Joe Biden viajou a Shanksville, Pensilvânia, onde caiu o voo 93 da United Airlines, depois que os passageiros e a tripulação enfrentaram os sequestradores.

Para os familiares das vítimas, 11 anos depois da tragédia, o sentimento era de mais calma em relação à cobertura da imprensa na comparação com o que aconteceu no 10º aniversário.

"Depois de 10 anos, eu me sinto muito mais relaxada. Depois do nono aniversário, nos dias seguintes já começaram a falar do décimo. Este ano é diferente. É um novo aniversário que podemos recordar de forma discreta, sem pressão", disse June Pullicino, que perdeu o marido no WTC em Nova York.

Para Michelle Defazio, 37 anos, que também perdeu o marido nas Torres Gêmeas, o décimo aniversário parece ter marcado uma etapa difícil de aceitar.


"Geralmente temos sete ônibus que vêm de Staten Island (sul de Nova York), mas este ano havia apenas um. Você sente o tempo passar, que já não aparecem tantas pessoas", declarou Michelle, que casou novamente três anos atrás e teve dois filhos, apesar de não ter deixado de comparecer a cada aniversário dos atentados para homenagear o falecido marido.

Defazio destacou o fato de a cerimônia ter acontecido no novo memorial.

"É um lugar bonito. Já não tenho a sensação de devastação e caos que existia até ano passado", explicou.

O futuro do memorial é objeto de tensão, pois muitas famílias de vítimas o consideram um "local sagrado", ao contrário do grande público, que se mostra cada vez mais disposto a virar a página.

O prefeito Bloomberg tentou no ano passado modificar a cerimônia - na qual são lidos os nomes de todas as vítimas -, mas teve que abandonar a ideia diante da reação negativa de alguns parentes.

Uma boa notícia para os familiares veio na segunda-feira à noite, quando Bloomberg e o governador de Nova York, Andrew Cuomo, chegaram a um acordo para concluir até o fim do ano o museu que integra o memorial.

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