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Obama revê conquistas e diz que EUA hoje são mais fortes

Obama afirmou que hoje o país ''é o mais forte, mais seguro e mais respeitado do mundo''


	O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama: ''Após uma década de guerra, a nação que precisamos que seja reconstruída são os Estados Unidos''
 (Yuri Gripas/AFP)

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama: ''Após uma década de guerra, a nação que precisamos que seja reconstruída são os Estados Unidos'' (Yuri Gripas/AFP)

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Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2012 às 20h53.

Washington - O presidente dos Estados Unidos e candidato à reeleição, Barack Obama, reviu nesta sexta-feira suas conquistas na política externa, com ênfase no fim da Guerra do Iraque e na transição no Afeganistão em um ato com militares no Texas em que anunciou novas medidas em benefício dos mais velhos.

''Após uma década de guerra, a nação que precisamos que seja reconstruída são os Estados Unidos'', ressaltou Obama em discurso às tropas na base militar de Fort Bliss, em El Paso (Texas), o mesmo lugar em que há exatamente dois anos o presidente anunciou a retirada do Iraque, uma de suas promessas de campanha em 2008.

A Casa Branca classificou o ato como ''oficial'', mas o certo é que teve tons claramente eleitorais e Obama afirmou que hoje o país ''é o mais forte, mais seguro e mais respeitado do mundo'', poucas horas depois da nomeação de Mitt Romney, seu rival nas eleições de 6 de novembro, como candidato presidencial republicano.

''Há dois anos eu estava aqui para marcar um momento histórico, o fim das operações de combate no Iraque'', lembrou o líder, que agradeceu às tropas por ter deixado o país árabe ''com honra e a missão cumprida''.

Obama também mencionou a operação militar em que foi assassinado Osama bin Laden no Paquistão, em 1º de maio de 2011, e acrescentou que o ex-líder da rede terrorista Al Qaeda ''nunca mais será uma ameaça para os Estados Unidos''.

''Graças à coragem de nossas tropas, a Al Qaeda está no caminho da derrota'', disse o líder enquanto lembrava o conflito no Afeganistão, onde admitiu que os EUA ainda travam ''uma dura batalha'', apesar do início da retirada das tropas da Otan, que terminará em 2014.

O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, declarou hoje a jornalistas que ainda há cerca de 70 mil militares americanos servindo no Afeganistão.


Além disso, Carney se declarou ''surpreso'' pelo fato de que Romney não mencionou ontem em seu discurso de aceitação da candidatura presidencial republicana em Tampa (Flórida) a missão no Afeganistão, ''profundamente importante para a segurança'' dos EUA.

Segundo Obama, o fim das guerras no Iraque e no Afeganistão permitirá ''restaurar a liderança americana''.

''Nossas alianças nunca foram tão fortes. Lideramos em nome da liberdade, incluindo o apoio ao povo da Líbia, finalmente livre de Muammar Kadafi'', enfatizou.

Antes de viajar para o Texas o presidente assinou hoje uma medida que amplia os esforços para prevenir o suicídio entre veteranos de guerra e melhora o acesso a programas de saúde psicológica.

O porta-voz de Obama explicou que a ordem se inscreve no compromisso do governo com o combate a ''duas feridas invisíveis'' das guerras do Iraque e Afeganistão: o estresse pós-traumático e as lesões cerebrais.

Em seu discurso, o presidente estimulou hoje os militares feridos a buscarem ajuda profissional se precisarem, porque isso é sinal de ''força'' e não de ''fraqueza''.

No aquecimento para a Convenção Democrata, que começará na próxima terça-feira em Charlotte (Carolina do Norte) e quando será nomeado oficialmente candidato à reeleição, Obama fará campanha no sábado em Iowa e no domingo no Colorado, dois estados de indecisos que são estratégicos para vencer em novembro.

Na segunda-feira, o líder estará em Ohio, estado que está entre os mais decisivos porque desde 1960 nenhum candidato presidencial ganhou eleições gerais sem ter vencido também nele.

De Toledo (Ohio) Obama irá à Louisiana na mesma segunda-feira para analisar os danos causados pelo furacão ''Isaac'', que provocou a morte de pelo menos quatro pessoas e ainda mantém mais de meio milhão de casas sem luz e bairros inteiros inundados nesse estado e no Mississipi.

Obama se reunirá com as autoridades locais e avaliará os trabalhos de recuperação das regiões afetadas pelo ''Isaac'', que já voltou ao status de tempestade tropical, mas que segue castigando Louisiana e Mississipi com chuvas fortes.

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