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Obama receberá Dalai Lama apesar dos protestos da China

A China critica encontros de líderes estrangeiros com Dalai Lama, acusado por Pequim de organizar esforços violentos para tentar obter a independência do Tibete


	Dalai Lama: Obama recebeu o Dalai Lama na Casa Branca em 2011, o que irritou Pequim, que destacou um prejuízo para as relações entre os dois países (Nicholas Kamm/AFP)

Dalai Lama: Obama recebeu o Dalai Lama na Casa Branca em 2011, o que irritou Pequim, que destacou um prejuízo para as relações entre os dois países (Nicholas Kamm/AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de fevereiro de 2014 às 11h34.

Washignton - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, receberá nesta sexta-feira o Dalai Lama na Casa Branca, um encontro que desagrada a China, que advertiu para as "graves consequências negativas" nas relações bilaterais.

"O presidente terá uma reunião com o Dalai Lama enquanto líder religioso e cultural respeitado internacionalmente", declarou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Caitlin Hayden.

Obama recebeu o Dalai Lama na Casa Branca em 2011, o que irritou Pequim, que destacou um prejuízo para as relações entre os dois países.

"A China se opõe com veemência a este encontro", afirma um comunicado do ministério chinês das Relações Exteriores.

"Pedimos aos Estados Unidos que considerem seriamente a inquietação da China e anulem imediatamente o encontro previsto", completa a nota.

O novo encontro não terá a presença de jornalistas, o que é interpretado como uma demonstração de que este é um tema diplomático sensível. Obama receberá o Dalai Lama em um espaço da residência presidencial diferente ao Salão Oval, onde são recebidos normalmente os líderes e autoridades estrangeiras.

Hayden destacou que, apesar de Washington respaldar o Dalai Lama, reconhece que o Tibete "é parte da República Popular da China".

"Não respaldamos a independência do Tibete", disse o porta-voz. Ele completou que Obama repetirá o pedido para a retomada de um diálogo entre Pequim e o Prêmio Nobel da Paz.

A China critica os encontros dos líderes estrangeiros com o Dalai Lama, acusado por Pequim de organizar esforços violentos para tentar obter a independência do Tibete.

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