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Obama provoca Putin e mandará delegadas gays a Sochi

Dentre os escolhidos dos EUA para as cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos de Inverno, estão duas mulheres declaradamente homossexuais


	Putin e Obama: a Casa Branca exaltou que os nomes representam a diversidade do país
 (©AFP / Jewel Samad)

Putin e Obama: a Casa Branca exaltou que os nomes representam a diversidade do país (©AFP / Jewel Samad)

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Da Redação

Publicado em 6 de fevereiro de 2014 às 07h25.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, mandou um claro recado ao governo russo ao anunciar, na noite de terça-feira, a delegação oficial norte-americana que estará presente nas cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, em fevereiro do ano que vem.

Isso porque, dentre os escolhidos, estão duas mulheres declaradamente homossexuais.

A atitude de Obama é uma provocação ao governo de Vladimir Putin, que sancionou uma polêmica lei que tem sido conhecida como 'anti-gay' porque pune com prisão o que a polícia russa entender como "propaganda homossexual" que atinja crianças.

Essa lei criou um temor na comunidade internacional de que os gays e simpatizantes sejam perseguidos e presos durante a estadia em Sochi.

Obama atendeu os pedidos de entidades de defesa dos direitos dos gays e indicou duas homossexuais para representar os Estados Unidos. Na cerimônia de abertura estará a ex-jogadora de tênis Billie Jean King, que nada tem a ver com os Jogos de Inverno.

Já na de encerramento, Caitlin Cahow, ex-jogadora de hóquei no gelo, uma das diversas atletas norte-americanas que já ganhou medalhas olímpicas, e que também já se declarou gay.

A Casa Branca não quis comentar especificamente sobre essas escolhas, uma vez que no total são oito os representantes dos Estados Unidos nos eventos, mas exaltou que os nomes representam a diversidade do país.

Pela primeira vez desde 2000 os EUA não vão mandar nem seu presidente, nem vice, nem primeira dama, nem ex-presidente a uma edição de Jogos Olímpicos, também no que seria uma crítica à política discriminatória russa.

Os demais delegados Janet Napolitano (presidente da Universidade da Califórnia), Michael McFaul (embaixador na Rússia), Robert Nabors (assistente do presidente), Brian Boitano, Eric Heiden e Bonnie Blair (ex-patinadores) e William Burns (secretário adjunto de estado).

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