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Obama propõe orçamento de US$ 3,72 trilhões para 2011

Redução nos gastos representa uma queda de apenas 2% em relação a 2010

Vontade de Obama é de que EUA diminuam gastos em US$ 1,1 tri nos próximos 10 anos (Alex Wong/Getty Images)

Vontade de Obama é de que EUA diminuam gastos em US$ 1,1 tri nos próximos 10 anos (Alex Wong/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2011 às 10h28.

Washington - A Casa Branca anunciou nesta segunda-feira que o presidente Barack Obama apresentará um projeto de orçamento com leve redução de 2%, a 3,72 trilhões de dólares, para diminuir o déficit na expectativa de uma aguardada alta da arrecadação fiscal.

O gastos para o exercício que vai de outubro de 2011 a setembro de 2012 são 2% menores que os do atual ano fiscal, que chegarão a 3,81 trilhões de dólares segundo as últimas previsões, indicaram fontes do governo.

O déficit chegaria em 2012 a 1,1 trilhão de dólares, 7% do Produto Interno Bruto (PIB) americano, contra um recorde de 1,64 trilhão de dólares (10,9% do PIB) previsto para o ano fiscal de 2011, afirmaram fontes do governo que pediram anonimato.

Com o retorno do crescimento, o Executivo conta com um aumento de 21% na arrecadação fiscal em 2012, a 2,62 trilhões de dólares.

O orçamento prevê especialmente o fim das reduções de impostos para os maiores salários, decididas pelo antecessor George W. Bush e prorrogadas recentemente em um gesto de conciliação com a oposição republicana, vitoriosa nas eleições legislativas.

Também prevê eliminar 12 isenções de impostos que beneficiam atualmente os produtores de petróleo, gás e carvão, esperando assim aumentar em 46 bilhões de dólares a arrecadação em 10 anos.


A administração Obama deseja ainda reduzir os gastos em quase 1,1 trilhão de dólares em 10 anos, segundo o diretor de orçamento da Casa Branca, Jacob Lew.

"O desafio que enfrentamos é o de viver segundo nossos meios e investindo no futuro", afirmou Lew no domingo, em entrevista ao canal CNN.

Lew afirmou que os investimentos previstos no orçamento se concentrarão especialmente na educação, para que nove milhões de estudantes possam ir para a universidade.

Para alcançar a meta, a administração prevê reduzir em 78 bilhões de dólares os gastos do Pentágono nos próximos cinco anos, cortar o subsídio aos gastos de calefação para os mais desfavorecidos e congelar os salários dos funcionários públicos em 2012.

Outros cortes de gastos serão efetuados sobre a ajuda para a habitação e o financiamento de empréstimos estudantis.

Mas a ajuda aos desempregados será mantida enquanto o emprego continuar sendo o ponto fraco da economia americana, que registra atualmente uma taxa de desemprego de 9%

O orçamento estipula ainda investimentos de 18 bilhões de dólares no acesso à internet e de US$ 8 bilhões no desenvolvimento de trens de alta velocidade.

Mas o republicano Paul Ryan, da comissão do orçamento da Câmara de Representantes, criticou as medidas de cortes no domingo.

"Isso se parece com orçamentos similares que ele (Barack Obama) nos deu nos dois últimos anos", afirmou.

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