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Obama propõe nova taxação sobre grandes empresas financeiras

Segundo Casa Branca, nova tributação iria desencorajar a alavancagem excessiva ao impor um imposto sobre o passivo de cerca de 100 grandes empresas financeiras


	Barack Obama: projeto é considerado de difícil aprovação no Congresso
 (Ahmad Masood/Reuters)

Barack Obama: projeto é considerado de difícil aprovação no Congresso (Ahmad Masood/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2015 às 18h58.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, propôs um novo imposto sobre empresas do setor financeiro com mais de US$ 50 bilhões em ativos, um projeto considerado de difícil aprovação no Congresso.

Segundo a Casa Branca, a nova tributação iria desencorajar a alavancagem excessiva ao impor um imposto sobre o passivo de cerca de 100 grandes empresas financeiras, incluindo bancos, corretoras, gestoras de ativos e outras companhias.

O novo imposto iria arrecadar cerca de US$ 112 bilhões em dez anos, que seriam direcionados para outras prioridades, como a diminuição da carga tributária que incide sobre trabalhadores de renda média.

"Mesmo com o fim do 'grande demais para quebrar', a alavancagem excessiva ainda cria riscos para a economia", afirmou o Executivo em sua proposta de orçamento para o ano fiscal, que começa no segundo semestre.

"O imposto é destinado a desencorajar a tomada excessiva de risco dessas empresas, cuja contribuição para a mais recente crise financeira foi essencial."

Desde 2010, Obama propôs um aumento de imposto sobre grandes bancos em cada uma de seus projetos de orçamento.

Este ano, entretanto, ele é mais amplo e atinge uma variedade maior de empresas.

A retórica ao redor da proposta também mudou: ao invés de chamar a medida de "imposto sobre a responsabilidade pela crise financeira", a Casa Branca tenta vendê-la como uma forma de complementar "outras medidas do Executivo focadas em prevenir uma futura crise financeira e tornar a economia mais resistente."

Analistas acreditam que a proposta tem poucas chances de passar pelo Congresso, onde o partido Republicano controla as duas casas.

A indústria financeira faz lobby contra ela, afirmando que o excesso de empréstimos deveria ser atacada com mais regulação, não um imposto, e que é injusto escolher um setor específico para aplicar uma nova taxação.

Movimentos sociais que lutam por regras mais rígidas contra Wall Street justificam a nova taxa como um incentivo contra práticas financeiras destrutivas.

A proposta da Casa Branca seria de uma taxa de 0,07%, sobre os passivos de grandes empresas, e entraria em vigor em 1º de janeiro de 2016.

A proposta de orçamento também tenta conter esforços feitos por congressistas republicanos no sentido contrário, de afrouxar a regulamentação financeira da lei Dodd-Frank.

O documento afirma que a Casa Branca irá se opor a tentativas de restringir o financiamento ao escritório de proteção ao consumidor de serviços financeiros, além de lutar contra "qualquer outra tentativa de retroceder nas reformas sobre Wall Street."

Fonte: Dow Jones Newswires.

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