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Obama propõe eliminação de subsídios a fontes energéticas "do passado"

Presidente americano delineou seus planos a curto e longo prazo para enfrentar o aumento do preço da gasolina, que atingiu US$ 4 por galão

Obama disse que não há solução mágica para reduzir imediatamente o preço da gasolina (Alex Wong/Getty Images)

Obama disse que não há solução mágica para reduzir imediatamente o preço da gasolina (Alex Wong/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2011 às 10h24.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, propôs neste sábado a eliminação dos subsídios de US$ 4 bilhões que as petrolíferas e empresas de gás recebem ao ano dos contribuintes, para investir esse dinheiro na energia do futuro.

Em sua tradicional mensagem semanal dos sábados, o presidente americano delineou seus planos a curto e longo prazo para enfrentar o aumento do preço da gasolina, que atingiu US$ 4 por galão, lembrou.

Obama argumentou que, embora não exista uma solução mágica para reduzir imediatamente o preço da gasolina, há várias coisas que podem ser feitas e, por isso, esta semana o procurador-geral, Eric Holder, constituiu um grupo de trabalho dedicado "a eliminar a fraude e a manipulação no mercado de petróleo".

O objetivo é acabar com as más práticas que influem no preço da gasolina e isso inclui "qualquer atividade ilegal por investidores e especuladores", disse. O presidente dos EUA propôs que se ponha "de uma vez por todas" fim aos US$ 4 bilhões que as empresas de gás e petróleo recebem anualmente dos contribuintes.


"Trata-se de US$ 4 bilhões do dinheiro dos cidadãos em um momento em que tais empresas estão obtendo lucro recorde e os americanos estão pagando preços recordes pelo combustível. Isso deve parar", disse Obama. No entanto, destacou que os EUA devem prosseguir "com a produção segura e responsável de petróleo".

No ano passado, a produção de petróleo nos EUA atingiu seu nível mais alto desde 2003. "No entanto, a longo prazo, devemos investir em energia limpa e renovável", estimou Obama. Por isso, discorda de uma proposta no Congresso que reduziria em 70% o investimento dos EUA em energia limpa, acrescentou.

"Em vez de subsidiar as fontes de energia do passado, devemos investir nas do futuro. Devemos investir em energia limpa e renovável. A longo prazo, essa é a resposta", sustentou o presidente americano. Por enquanto, foi possível um acordo com as principais empresas automobilísticas para melhorar a eficiência do consumo de combustível com tecnologia híbrida e outras tecnologias inovadoras.

Assim com um novo automóvel, os americanos economizarão cerca de US$ 3.000 em gasolina, explicou. "Mas devemos fazer mais. Devemos aproveitar o potencial de empresas novas promissoras e companhias de energia limpa inovadoras. Isso é crucial no debate que estamos tendo neste momento em Washington sobre o orçamento", assinalou Obama.

Tanto democratas como republicanos consideram que é necessário reduzir o déficit, mas diferem em como fazê-lo. Obama propôs uma estratégia "equilibrada" que reduz a despesa e por outro lado investe em verbas como educação e energia limpa, que, segundo destacou, são tão necessárias para gerar empregos e criar oportunidades na classe média.

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