Mundo

Obama propõe ajuda a região afetada por seca "histórica"

Em reunião com ruralistas na Casa Branca, Obama disse que sua administração fará tudo o que for possível para aliviar o impacto da seca

O presidente americano, Barack Obama: o decreto de Obama foi difundido pela Casa Branca pouco depois de seu regresso a Washington vindo da Flórida (©AFP / Nicholas Kamm)

O presidente americano, Barack Obama: o decreto de Obama foi difundido pela Casa Branca pouco depois de seu regresso a Washington vindo da Flórida (©AFP / Nicholas Kamm)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2012 às 22h50.

Washington - A pior seca nos Estados Unidos em meio século está afetando a agropecuária, disse o presidente Barack Obama nesta terça-feira ao solicitar ao Congresso a aprovação de uma lei que liberaria ajuda emergencial para produtores rurais atingidos, principalmente no Meio-Oeste do país.

Em reunião com ruralistas na Casa Branca, Obama disse que sua administração fará tudo o que for possível para aliviar o impacto da seca. "É uma seca histórica e ela está tendo profundo impacto sobre agricultores e pecuaristas em muitos Estados", afirmou.

Mais de 60 por cento do território continental do país sofrem de uma estiagem de moderada a excepcional. Analistas estimam que por causa disso os Estados Unidos registrarão sua menor safra de milho em seis anos. O governo deve liberar na sexta-feira sua primeira estimativa sobre a safra de outono.

A três meses da eleição presidencial, Obama disse que o Congresso precisa concluir a tramitação da nova lei agrícola, com validade de cinco anos. Líderes republicanos na Câmara, onde o projeto está parado, propuseram uma ajuda emergencial de 383 milhões de dólares para os pecuaristas, mas em seguida o Congresso entrou em recesso.


O presidente disse esperar que os parlamentares ouçam seus representados durante as cinco semanas de recesso, e que aprovem a lei "imediatamente" depois do reinício dos trabalhos, em 10 de setembro.

O projeto defendido pelos republicanos prevê, entre outras coisas, um corte de 16 bilhões de dólares nos cupons alimentares distribuídos a famílias pobres, o que seria a maior redução desde a década de 1990. Os democratas são contra esses cortes, ao passo que alguns republicanos consideram que o projeto precisaria de mais cortes orçamentários.

Na versão que tramitou no Senado, o corte nos cupons alimentares é de 4 bilhões de dólares.

"O Congresso precisa aprovar uma lei agrícola que irá não só fornecer importantes ferramentas para o alívio a desastres como também fazer reformas necessárias e dar aos agricultores a certeza que eles merecem", disse Obama em seus primeiros comentários em várias semanas sobre o projeto.

Ele cumprimentou o Senado --onde os democratas são maioria-- pelo "bom trabalho bipartidário" na aprovação, em junho, do projeto de lei que inclui a ajuda emergencial para este ano.

Na Câmara, a maioria republicana aprovou uma lei de alívio a desastres que reduz em 639 milhões de dólares os programas de conservação, sendo que 256 milhões desse corte serviriam para reduzir o déficit federal.

O projeto autoriza uma concessão de ajuda no valor de até 100 mil dólares por operador. Pecuaristas e ovinocultores seriam os maiores beneficiários.

Acompanhe tudo sobre:Barack ObamaEleições americanasEstados Unidos (EUA)Países ricosPersonalidadesPolíticos

Mais de Mundo

Manifestação reúne milhares em Valencia contra gestão de inundações

Biden receberá Trump na Casa Branca para iniciar transição histórica

Incêndio devastador ameaça mais de 11 mil construções na Califórnia

Justiça dos EUA acusa Irã de conspirar assassinato de Trump; Teerã rebate: 'totalmente infundado'