Mundo

Obama promete manter pressão por restrições às armas

"Não recuaremos em nossas promessas", afirmou Obama na Universidade de Hartford

O presidente Barack Obama durante discursos sobre o controle de armas na Universidade de Hartford (AFP / Spencer Platt)

O presidente Barack Obama durante discursos sobre o controle de armas na Universidade de Hartford (AFP / Spencer Platt)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2013 às 07h38.

Hartford - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta segunda-feira que não recuará em seus esforços para conseguir que o Congresso aprove leis mais severas sobre a compra e a posse de armas de fogo, ao discursar em Connecticut sobre o massacre na escola primária de Newtown, que deixou 26 mortos em dezembro passado.

"Não recuaremos em nossas promessas", afirmou Obama na Universidade de Hartford, a poucos quilômetros de Newtown, onde um jovem com diversas armas, incluindo um fuzil de assalto, matou 20 crianças e seis adultos no dia 14 de dezembro.

Após o massacre na escola Sandy Hook, o estado de Connecticut aprovou o endurecimento de suas leis sobre armas de fogo, convertendo-as nas mais rígidas dos Estados Unidos.

Em Connecticut, a lei agora exige a verificação dos antecedentes de todos os compradores de armas de fogo para vendas no atacado ou varejo. Mais de 160 tipos de armas - especialmente fuzis de assalto - foram proibidos, assim como a compra e a revenda de carregadores de mais de 10 balas.

Além disso, a idade exigida para comprar uma arma semiautomática passa de 18 a 21 anos.

"Vocês, as famílias de Newtown, as pessoas de Newtown, nos ajudaram a aprovar isto", assinalou Obama, recordando que outros estados, como Colorado e Nova York, também adotaram leis mais severas.

Precedido por um familiar de uma das vítimas do massacre de Newtown, Obama pediu ao povo americano que mantenha a pressão sobre os congressistas para se obter leis mais severas de restrição às armas em nível federal. "Chegou o momento do Congresso agir".


Todas estas medidas "têm o apoio da maioria dos americanos. Todas merecem ser votadas" pelo Congresso. "Não se trata de uma questão política, este é um assunto de interesse para nossas famílias".

Mas o projeto defendido por Obama já sofreu uma série de modificações no Congresso em Washington diante da oposição de diversos legisladores, inclusive democratas.

A proposta para proibir os fuzis de assalto, que Obama mencionou nesta segunda-feira, já foi retirada do debate em uma comissão do Senado, inclusive com o apoio de legisladores democratas.

Vários congressistas manifestam reticências sobre modificar a segunda emenda da Constituição americana, que garante o direito à posse de armas.

A discussão sobre o projeto deve ser retomada nesta terça-feira, no Congresso dos Estados Unidos, que volta à atividade após um recesso de duas semanas.

Obama se reuniu nesta segunda-feira com parentes das vítimas de Newtown, e prevê levar onze deles no avião presidencial Air Force One para Washington, como forma de sensibilizar o Congresso.

Acompanhe tudo sobre:ArmasBarack ObamaEstados Unidos (EUA)Países ricosPersonalidadesPolíticos

Mais de Mundo

Manifestação reúne milhares em Valencia contra gestão de inundações

Biden receberá Trump na Casa Branca para iniciar transição histórica

Incêndio devastador ameaça mais de 11 mil construções na Califórnia

Justiça dos EUA acusa Irã de conspirar assassinato de Trump; Teerã rebate: 'totalmente infundado'