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Obama promete "escolhas difíceis" sobre déficit para evitar default

Faltando 11 dias para o prazo final do aumento do teto da dívida do país, o presidente democrata pediu comprometimento de ambas as partes

Agências de classificação de risco ameaçaram abaixar a nota dos bônus americanos na ausência de um amplo acordo para corte do déficit (Mark Wilson/Getty Images)

Agências de classificação de risco ameaçaram abaixar a nota dos bônus americanos na ausência de um amplo acordo para corte do déficit (Mark Wilson/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 22 de julho de 2011 às 17h22.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, insistiu nesta sexta-feira que está preparado para fazer "escolhas difíceis" por um acordo de redução da dívida e evitar que o país entre em default (não pagamento), mesmo em meio a alertas de democratas para que Obama não faça muitas concessões.

Faltando 11 dias para o prazo final do aumento do teto da dívida do país, o presidente democrata pediu comprometimento de ambas as partes. No momento, ele e o presidente da Câmara dos Deputados, o republicano John Boehner, buscam a aprovação de um plano para cortar gastos em até US$ 3 trilhões.

"Estou propenso a assinar um plano que inclui escolhas difíceis, algo que não faria normalmente, e há uma série de democratas e republicanos no Congresso, os quais acredito desejarem a mesma coisa", disse Obama em um evento na Universidade de Maryland.

Sem que um acordo pareça iminente, Obama enfrentou um número crescente de queixas dos próprios democratas sobre a formação de um acordo que poderia representar dolorosas restrições à saúde pública e programas ligados à previdência, mas não elevariam impostos imediatamente.

"Nunca vi um nível mais alto de frustração", disse a senadora democrata Dianne Feinstein, após uma semana de esforços, por vezes caóticos, para avaliar opções conflitantes e evitar que o país não honre suas obrigações financeiras.

Conversas entre republicanos e a Casa Branca sobre um acordo para elevar o limite de US$ 14,3 trilhões para empréstimos dos Estados Unidos estão em uma fase crítica, faltando menos de duas semanas para a maior economia do mundo ficar sem verba com a qual pagar suas obrigações.


Obama manteve a convição de que seria impossível alcançar esse tipo de acordo "histórico" sem um aumento na receita com medidas envolvendo uma reforma tributária e o fim do limite de impostos para americanos mais ricos. Mas fontes do governo afirmaram que o acordo que está sendo traçado com Boehner pode deixar para depois a reforma e outros itens importantes para elevar a receita.

Risco na classificação do crédito

Republicanos e muitos democratas estão se recusando a elevar o limite da dívida a menos que ele seja acompanhado por amplos cortes nos gastos para combater crescentes déficits orçamentários. Um default sem precedentes no país pode levar os Estados Unidos de volta à recessão e provocar um caos financeiro global.

O secretário do Tesouro, Timothy Geithner, reuniu-se nesta sexta-feira com o presidente do Federal Reserve (FED, banco central americano), Ben Bernanke, e com o presidente do FED de Nova York, William Dudley, para falar sobre as implicações de um fracasso do Congresso em elevar o teto do déficit.

Eles permaneceram confiantes de que o Congresso agirá a tempo, afirmaram em comunicado conjunto. A esperança em Washington é de que o pacote de amplo alcance e de 10 anos de duração para cortes no déficit seja o bastante para salvar o rating "AAA" dos Estados Unidos.

Agências de classificação de risco ameaçaram abaixar a nota dos bônus americanos na ausência de um amplo acordo para corte do déficit.

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