Mundo

Obama pede que reformas sejam aceleradas em Mianmar

O presidente americano pediu a dirigentes do país asiático que acelerem reformas democráticas, que começaram há quatro anos


	O presidente dos EUA, Barack Obama (e), ao lado do presidente de Mianmar, Thein Sein
 (Damir Sagolj/Reuters)

O presidente dos EUA, Barack Obama (e), ao lado do presidente de Mianmar, Thein Sein (Damir Sagolj/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de novembro de 2014 às 08h57.

Naypyidaw - O presidente Barack Obama pediu nesta quinta-feira aos dirigentes de Mianmar que acelerem as reformas democráticas que começaram a ser feitas há quatro anos depois de meio século de governo militar.

"Os progressos não foram tão rápidos quanto esperávamos quando começou a transição há quatro anos. Em algumas áreas, as reformas frearam e, inclusive, retrocederam", afirmou o presidente em um entrevista concedida ao jornal digital The Irrawaddy.

Thein Sein e outros líderes asiáticos na cúpula de países do Asean, realizado na capital do país, já havia tocado na questão do retrocesso das reformas.

O tema ganhou evidência depois que a dissidente Aung San Suu Kyi criticou Washington por ser "muito otimista" quanto às reformas pós-junta.

"Os progressos não têm sido tão rápidos quanto muitos esperavam quando a transição começou", com a auto-dissolução da junta militar em 2011, declarou o presidente ao chegar em Naypyidaw.

Ele listou as "restrições" impostas aos ex-presos políticos, as "prisões" de jornalistas e o recente "assassinato" de um repórter, Aung Naing, pelo exército.

O presidente Obama também evocou a situação política, faltando um ano para as eleições legislativas de 2015, enquanto que a Constituição herdada da junta impede Aung San Suu Kyi de se tornar presidente.

"A reforma constitucional deve refletir a vontade do povo birmanês", insistiu.

"Ele deve permitir eleições sérias, transparentes e abertas", acrescentou, citando a necessidade de "maior controle civil sobre os militares", que ainda têm 25% dos assentos no parlamento.

Ele também saudou seu encontro nesta sexta-feira com Aung San Suu Kyi, uma vez passada a cúpula regional de Naypyidaw, para "ouvir o que ela acha da reforma constitucional e das eleições do próximo ano".

Obama também citou a falta de um acordo de paz com as rebeliões étnicas e os "testemunhos de execuções extrajudiciais, estupros e trabalhos forçados" nas áreas de conflito entre o exército e os rebeldes.

Acompanhe tudo sobre:Barack ObamaDemocraciaEstados Unidos (EUA)MianmarPaíses ricosPersonalidadesPolíticos

Mais de Mundo

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia