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Obama pede autorização ao Congresso para armar grupos sírios

Obama enviou a solicitação na noite de terça-feira para delinear a estratégia contra o EI que apresentará nesta noite em um discurso perante a nação


	O presidente americano Barack Obama: autorização permitiria aos Estados Unidos treinar e enviar mais armas aos rebeldes moderados sírios
 (Mandel Ngan/AFP)

O presidente americano Barack Obama: autorização permitiria aos Estados Unidos treinar e enviar mais armas aos rebeldes moderados sírios (Mandel Ngan/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2014 às 15h37.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, solicitou autorização do Congresso para armar os rebeldes da oposição moderada na Síria para que lutem contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI), informou nesta quarta-feira a rede "CNN".

Segundo fontes citadas pela emissora, Obama enviou a solicitação na noite de terça-feira, após a reunião que manteve na Casa Branca com os líderes do Senado e da Câmara dos Representantes, para delinear a estratégia contra o EI que apresentará nesta noite em um discurso perante a nação.

A autorização, caso seja concedida, permitiria aos Estados Unidos treinar e enviar mais armas aos rebeldes moderados sírios, assim como aceitar dinheiro de outros países também para este fim.

O líder da maioria democrata do Senado, Harry Reid, pediu hoje ao Congresso que respalde o rearmamento dos rebeldes sírios e reiterou que o presidente não necessita do apoio legislativo para o lançamento de possíveis ataques aéreos em território sírio.

"Está claro para mim que temos que treinar e equipar os rebeldes (moderados) sírios e outros grupos no Oriente Médio que necessitam de um pouco de ajuda", disse o senador.

"É uma maneira de ajudar a construir uma coalizão internacional. E o Congresso deveria fazer isso", acrescentou o líder democrata em referência à autorização conhecida como "Título X", que permitiria proceder ao rearmamento da oposição síria.

Dita pedido é contrário ao que o líder transmitiu aos legisladores em sua reunião, na qual assegurou que não necessitava da permissão do Congresso para prosseguir sua estratégia contra o EI.

No entanto, as fontes consultadas pela "CNN" indicaram que Obama conta com a autoridade necessária para atuar militarmente no Iraque e Síria para proceder com os ataques aéreos contra as posições dos jihadistas, mas armar os rebeldes requer superar "uma anomalia legal" que necessita do consentimento do Congresso.

"Esta noite escutarão do presidente como os EUA perseguirão uma estratégia integral para degradar e finalmente destruir o EI, incluindo a ação militar americana e o apoio às forças que combatem o EI no terreno, tanto à oposição na Síria, como a um novo e inclusivo governo no Iraque", indicou hoje um alto cargo da Casa Branca, que solicitou o anonimato.

Além disso, o presidente discutirá "como está sendo construída uma coalizão de aliados, parceiros na região e da comunidade internacional para apoiar nossos esforços e falará de como trabalhará com o Congresso", acrescentou a mesma fonte, antecipando o conteúdo do discurso do presidente.

Desde meados do ano passado, a CIA (agência de inteligência americana) está proporcionando armamento ligeiro e treino desde a Jordânia a facções opositoras ao governo do presidente sírio, Bashar al Assad, aliado do Irã e Rússia, de uma maneira muito discreta.

Além disso, a Administração Obama foi aumentando sua presença de maneira paulatina em seu colaboração com a oposição nos últimos meses, para a qual o presidente já solicitou há semanas US$ 500 milhões adicionais destinados a armamento.

Os opositores receberam sobretudo equipamento de defesa, mas o novo movimento contra o grupo jihadista poderia provê-los com um armamento mais pesado.

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